A Distância.
A Distância.
O que fazer, quando a saudade da velha, porém, nova amizade se vai?
Que perguntas, podem transpor as tantas noites enluaradas pelos risos, mas que, adoecido calou?
Se alguém souber de uma fórmula natural para sanar tal desventura, imploro, repasse para este, que, inutilmente busca nas folhas, um chá em versos febris.
Teria eu, fé, o suficiente para ser atendido por Deus, será que, ele também, se afastou pelas doenças humanas.
Teria eu, negado tudo, evocando o Diabo, que, muitas vezes aparece em nossas palavras sem percebemos, e, quando percebido, é tarde, roubou a alma angelical deste ser.
Tentei todas as orações criadas pelos homens, inventei em momentos delirantes alguns, fiquei só na tentativa de ouvir alguma vindo do universo, mas, só me vi... Só.
Sentei diante da escrivaninha como um arqueólogo, mexi em papiros antigos de uma época em que, eram criados versos, procurei fragmentos dos tantos artefatos da mesma época, no intuito de restaurar-los, mas, o tempo foi conciso... Assim que melhorar.
Bom, o que restou então:
A distância que se fez enjoo, ou, o enjoo que essa distância faz...
Texto: A Distância.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 29/07/2023 às 18:12