Tu
Tentei não escrever mais nenhum verso pra você, mas é só deitar no teu peito e quando vejo não consigo mais me desprender das tuas poesias. É como se tua respiração tivesse o som dos contos encantados que eu tinha esquecido escondidos no fundo do coração.
É que tu é tão meu bem querer que de tão bem não tenho bem porquê escrever outras melodias, porque tu já é meu querer. Se encaixa no meu toque como se tua pele fosse papel e meus dedos, o lápis que te desenha, te transcreve, que expõe teu espírito a nudez do meu amor.
Será que tu também fica em paz com a minha paz? Será que te arranco teu pesar como tu leva de mim o meu? E então por quê não me leva contigo aonde vais?
Como uma banda desafinada, teu coração pulsa tão forte que interrompe o movimento do teu respirar, mas para mim é este o som que eu precisava pra saber que também sou teus versos, tuas poesias, teus livros, tua melodia.
Afinal, tu me levas contigo. Me leva ai dentro, me pulsa a cada batida, me vive a cada respirar, me lembra a cada esquina, me ama a cada sorriso de poesia que surge no meio do teu caminho.