Passageiro do Tempo
Estou aqui como que perdido...
À espera de um trem,
Nesta estação, divago.
Olho à minha volta...
Estou aturdido...
Ontem nasci,
O tempo passou,
De repente vago...
Que passado é esse,
Misterioso, e intangível,
Abstrato, célere,
Assim temporário?
Só sei que agora estou refém,
E agora passível.
Estou impotente,
Interajo, porém solitário...
Tento querer..
Querer esse tempo paralisar!
Quero nesse momento,
Esse tempo arredio segurar...
Não quero perder,
Nem um último segundo!
–Lá vem o trem...
Agora, preciso embarcar!
Nessa temporalidade,
Ouso continuar...
Dou um passo,
Estou em mim,
Volto para o mundo!