Temo.
Temo.
Não vi o tempo, temo por não encontrar saída, eu deveria chorar, mas, temo não ter lágrimas, diante desse olhos frios, desse amor ceifado, temo a revolta interna.
Temo o desespero visível, temo as mãos tremulas, deste corpo frágil, temo a dureza das suas atitudes
Ficar só trás temor, saudando vidas passadas, e, na busca do grande amor, temo deitar a cabeça em um travesseiro, temendo sonhar com seus braços.
Temo lutar pelo que acredito, desacreditando no temor das crenças, de que, acima de tudo, temendo perder-la, temo gostar.
Texto: Temo.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 05/06/1998