Um Anjo.

Um Anjo.

Vejam só.

Sentado na varanda de casa, uma pequena me saudou.

- Bom dia senhor.

Prontamente respondi.

- Boa...

Ela perguntou.

- O que o senhor esta fazendo?

Respondi.

- Escrevendo.

Perguntou.

- Escrevendo o quê?

- Pensamentos.

Então, me falou.

- Eu também escrevo.

- Sério.

- Sério. O senhor quer ver?

- Claro.

- Quando eu passar aqui vou trazer.

- Ok.

- Cadê sua mãe?

- Está ali.

- Tudo bem, quando passar com sua mãe me mostre.

- Tchau.

- Tchau.

Ela foi embora. No dia seguinte, estava ajeitando umas coisas na sala, quando ouvi.

- Senhor. Senhor.

Fui até a porta, era a menina, e, sua mãe.

- Bom dia.

- Bom dia. Eu truxe.

- Trouxe minha filha.

- Eu trouxe.

- Quero ver. Entrem.

Elas entraram, a mãe me pedindo mil desculpas por esse ocorrido, quanto a mim, dizia a mesma para não se incomodar.

- Ok. Deixa eu ver.

A menina pegou uma folha de caderno no bolso, e, disse:

- Aqui.

Sentando ao meu lado, com o olhar brilhando, observava tudo.

- Vamos lá. Vou ler.

Peguei o papel, estava dobrado em três partes, abri, e, comecei a ler.

Vida.

Eu adoro minha vida,

Mamãe é minha vida,

Minha vida é tudo,

E, sem o senhor, eu, mamãe, não teria vida.

Roberta.

Olhei para ela, estava esculpida na face uma alegria sem preço, ela me olhava como se eu fosse uma pessoa importante, talvez de certo seria, pois, depois da mãe, eu tenha sido o único a ler.

- O senhor gostou?

- Deixa eu ver. Hum! Demais...

Ela virou para sua mãe, correu para ela dizendo:

- Mãe, ele gostou.

A mãe falou:

- Você faz escritas lindas, eu sei que ele ia gostar.

Ela então, veio até mim, e, disse:

- É seu.

- Obrigado. Vou guardar com carinho.

- Sempre que eu escrever posso te mostrar?

A mãe rapidamente falou:

- O que é isso Roberta, o senhor tem suas coisas para fazer, não pode te dar atenção toda vez que você quiser.

- Posso. O melhor horário é apartir de 17:30, se você estiver passando e tiver novas escritas eu adoraria ver.

- Ta bom.

- Bom, vamos agora.

A mãe levantou, caminhamos até a saída, ao despedir abaixei olhei nos olhinhos cheio de felicidade, e, disse:

- Nunca deixe ninguém dizer a você que o que você faz não vale nada, que é feio, ou, mais importante... Que é perda de tempo. Em tudo que você fizer, é, e, será um tempo precioso de ganhos universais. Ok. Beijo.

Ela deu-me um beijo no rosto, e, um tchau. A mãe me agradeceu mais uma vez, então, eu falei:

- Olha mãe, não quis ser grosso, nem tirar sua autoridade naquele momento. Só que eu gosto de ler, e, quando encontro crianças que também gostam eu procuro incentivar. Espero que não leve para o pessoal.

- Não. Eu entendo. Desde ontem que ela estava me falando que horas viria aqui. Agradeço por ter feito isso. Obrigada.

- Disponha.

Nos despedimos, as duas sairam, e, a garota pinotando de alegria, enquanto a mãe de vez em quando, à beijava, e, fazia carinhos. Não se à verei de novo, não sei se à lerei outra vez, mas, estou aqui pronto para uma leitura inocente, das mãos de um anjo.

Nota:

Este, é um resumo de toda conversa com aquele anjinho.

Texto: Um Anjo.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 27/07/2023 às 13:45

-

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 27/07/2023
Código do texto: T7847411
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.