O EQUILIBRIO

 

Planificar... Fazer um plano partindo de um nada não realizado. Equilibrando as atitudes. Realizar uma ideia... Esboçar traços num paralelo que nunca se cruza com a mesma curva mas que ergue pedras no desejo de construir muralhas. Construir...  Ato de desmoralizar o caos tornando-o em algo indiscreto mas perceptível ao olhar mais competente mesmo cercado de sombras e de certezas não registradas. Sonhar... Inventar uma história sem pés nem cabeça acreditando que as personagens sorriem porque acham graça e não porque te acham ridículo. Ridicularizar...  Fingir que és perfeito e que as tuas imperfeições não importam no peso de uma balança. Equilibrar prós e contras disfarçando o desprezado com corações cor de rosa esculpidos numa árvore sem ramos... Reação.. ato de ser emotivo perante uma ação animal e estranha às tuas rotinas. Deslocar a poeira debaixo do tapete para ver se existe pó no teu passado escovado debaixo da tua cama. Cabelos de ouro arrancados onde existiam caracóis negros caídos. Imortalizar... Encontrar uma forma de não esmagar um sonho, imaginando que foi pura realidade contra todas as anotações que anunciam a morte do que nunca existiu... Inteligência... Propriedade dos que julgam que todos os outros são apenas mais um conjunto de tolos iguais a todos os tolos que inteligentemente conquistam... O problema é quando os tolos percebem que são e interrogam a inteligência sobre o rótulo que lhes pregou no peito e o arrancam à força procurando os miolos que estavam desativados quando o corpo apagou... Crédulo..aquele que acredita sem contestar que o céu é azul porque as nuvens chovem no telhado dos outros... Aquele que faz dos sentimentos um cavalo de batalha sempre com uma pomba da paz a vigiar ao longe a sua caminhada e não vê que existe sempre um caçador mal intencionado a tua espreita... Equilibrio apresenta comedimento emocional, cujo estado mental é estável, o autocontrole.  A toda essa balança de manter o equilibrio com atitudes, invejas, ciumes. A corrida por reconhecimento sem medir consequências, e tentar de qualquer forma ser melhor que os semelhantes. Eu prefiro me portar e encontrar meu equilibrio como a Maresia... A brisa que nos recorda das madrugadas e do perfume das ondas do mar sentidos num acaso... Por acaso e sem acaso se desvanece...