Ser humano: pecador inveterado.

É de sabença a famosa frase do filósofo Edmund Burke: “Um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la.”! Será mesmo?

Não raras vezes a realidade nos mostra que a História se repete menos por ignorância e mais por conta de um progressivo enfraquecimento da empatia e, fundamentalmente, em decorrência das inclinações do ser humano, em especial a sede de glória, a ambição (poder) e a arrogância.

Os erros históricos se repetem, mesmo com pleno conhecimento do passado, porque as novas gerações: (a) não sofreram na pele os efeitos dos erros do passado; (b) acreditam que, mesmo com idênticas escolhas diante dos mesmos fatos, o acaso, o divino ou seu superior intelecto conduzirá a um resultado diverso (o que Einstein corretamente apontou como loucura); ou (c) são incapazes de conter (ou mitigar) seus instintos de dominação, precisando firmar-se "per fas et nefas" (por bem ou por mal), pouco importando que o custo (efeitos de suas escolhas) seja uma repristinação do que herdado não raro ainda mais desestruturado.

Ou seja, não é o desconhecimento da História por si só – se é que efetivamente, nos grandes eventos, isso ocorre – a força motriz do círculo desastroso sem fim, do "looping" vicioso, mas a soberba do ser humano em seus deleites que, quando não impulsivos, são regados por razões aviltantes de flagrante ignorância consciente.

“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”, disse Jesus! Será mesmo? Individualmente ou tomados em grupos até pode ser verdade, agora, enquanto abarcados em sua totalidade, ele sabia: só mesmo o divino para perdoar e perdoar e perdoar...