Tempo.
Tempo.
Faz tempo ué não à vejo! Tempo que não sei o que é sorrir, andando sem rumo, seguindo noite à dentro.
Na memória seu adeus, uma imagem, uma lembrança, uma dor cortante, o peito que sangra.
Quantas vezes morrer, para não viver a angústia, nas vezes que quis saber, se sentia minha falta.
Ainda ontem eu à tinha, no conforto dos meus braços, mas à perdi, e, o que mais me doi, é esse abandono.
O tempo é só mais um aliado, alimentando minha dor, amigo da distância, tão insuportável desse mal inevitável.
Texto: Tempo.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 04/05/1993