A Estrada.
A Estrada.
Uma vez olhei a estrada,
Em minha volta nada havia,
Só poeira, e, chão batido,
Árido pelo tempo seco,
O que fora flores virou deserto,
E, onde findou os passos jaz meus pés.
Uma estrada longa,
Uma só forma de caminhar,
O vento me soprava seu nome,
Estranhamente em uma língua antiga,
Como Hebraico, ou Saxão,
Como cruzadas pela paz.
Fugi do limbo de minha infância,
Para morrer na juventude dos meus dias,
A solidão não me assusta como deveria,
Nem o inferno é tão quente,
Quanto a vontade de lhe ver.
Você chora seus mortos,
Esquecendo de lembrar dos que estão próximos,
Ou virtualmente longe,
Como a estrada seca,
Que, faz brotar lágrimas,
Poeiras de um amor que nunca se revelou,
Destino que nunca mudou seu curso,
Olhar que jamais conheceu tal universo,
Mar que nunca terá profundidade,
Se não houver seus toques,
Beijos e carinhos.
Texto: A Estrada.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 14/02/1995