Perdida em Nevoeiro.
Perdida em Nevoeiro.
Boa tarde.
A todos que me conhecem, sejam por aqui, sejam pelas viagens nos mais profundos Recantos da vida, ou, teve o prazer estar comigo nesta linda cidade.
(A vida em si, é um quadro de infinitas possibilidades a serem exploradas, mas, algumas vezes, nesta exploração, nos perdemos em meio ao nevoeiro das decisões.)
Sou Rocha, e, vou-lhes contar uma descoberta com perda, e, névoas...
Era um começo de julho, estava organizando algumas descobertas em meu pequeno, mas, grande museu. Onde cada fragmentos desenterrados, faziam parte do enorme quebra-cabeça da vida. Tantos eram os achados, que, perdia-me por entre estantes destinada a mitos, lendas, e, contos reais. O salão, tinha a forma de um Losango, separadas pelos pontos Cardeais sendo eles:
Norte, Sul, Leste, e, Oeste, tendo quatro pontos colaterais em sua subdivisão.
A entrada era o Sul. De onde nasciam meus contos reais, lá, se encontram todos os dias, momentos, e, cada segundo a ser vivido.
A minha esquerda, Sudoeste. Onde ficam todas as palavras a serem usadas.
A minha direita, Sudeste. Onde misturo os temas com as palavras fazendo nascer as histórias.
Olhando à frente, o Norte. As histórias eram divididas em duas vértices.
A minha esquerda, Noroeste. Onde Mitos são forjados de sentimentos reais, com um teor de mitologia.
A minha direita, Nordeste. Onde as lendas podiam ser armazenadas em ordem à serem descritas.
A esquerda, o Oeste. Neste ponto, uno as palavras com Mitologias, que fundidas, abrange todos s deuses.
A direita, o Leste. Nesse ponto, uno as lendas com seus temas diversificados, Transportam mensagem para aqueles descrente deste mundo.
Estava na região Leste, como disse anteriormente, organizando velhos achados, papiros, entre outros, quando fui procurar espaço para a descoberta da alma (Eu Escolhi.), uma escavação não muito distante. Eis que, um arquivo caiu, deixando espalhados vários dados do mesmo, fotos, e, um quadro. Desci a escada, ajoelhando sobre o piso de madeira com Sinteco, que, o deixava como espelho ao chão. Catando-os, segurei um papiro levando-me à 2023, de Julho, onde num vilarejo ao sul do nosso planeta, a beleza, o entender, e, o resolver, entraram em luta, deixando arranhões nos nossos corações.
Em meio as tantas vezes em que se falavam, a beleza da comunicação irradiava um brilho quase divino, sorrisos eram ofertados a todo instante, olhares buscavam se encontrar numa matinê onde a íris brilhava, palavras eram diluídas a todo instante, sem perceber, que, em mundos diferentes, o entender dominava o compreender. Neste momento evasivo aos dois, entendendo as frases com faces mal acentuadas, o entender em processo de criação, tentando absorver cada palavra como um tradutor universal, teve um bug momentâneo, confundindo razão com emoção, emoção com o querer, o querer com o afastar.
Neste pedaço de universo, duas almas entraram em conflitos, se distanciaram a ponto de fazer aquele homem, que, nunca tinha chorado por nada, pela primeira vez... chorar. Dela nada se sabe a relatar, dizem, que, também se sentindo triste, marejou seu olhar, tiveram um encontro para se ver a última vez, contudo, havia um querer entre estes dois, um respeito além da amizade, que, chegando a um comum, conversaram...
" O que um diálogo nada fizer, escreva... Findou."
Tendo este Deus como caminho, o resolver, resolve ainda, que, lhes pareça tão complicado, tão maldoso, afastar por uma semana os dois, pois, sabia em sua plenitude o bem que fizera. Eles tinha algumas trilhas a serem desbravadas, onde nenhum dos dois poderiam estar... E, assim foi feito.
Apesar de amargar tal decisão, ele cumpriu a condenação, para, numa sexta, entre a feira, de onde podia-se comprar de tudo, fazer de tudo, ver tudo, se viram outra vez, então, entre uma barraca, e, outra, eles se encontraram, conversaram, mesmo com um ar de distância comparado ao antes, ela, acompanhada de uma criança, cuja canção era seu mundo, e, a pintura sua forma de criar seus próprios cenários, pediu desculpa, e, se foi. Ele, também nada podia fazer no momento, não tinha as coordenadas exatas para localiza-la. Na manhã seguinte, desperto de um sonho, avistara uma Nau cruzando o pélago deixando para trás duas montanhas, e, o sol se pondo, ou, nascendo, não sabia ao certo.
No sonho era um quadro, pintado com cores descrevendo um fervor interno, sem saber a definição deste fervor, sentia o sentir daquela amizade, que, havia se perdido em meio ao nevoeiro dos pensamentos, ele, e, a resolução da sua carreira. O penhasco, que, por um triz, por onde a amizade teve que percorrer, contudo, mesmo assim, ainda podia-se ver ao longe, um mar calmo, com os dois navegando no mesmo curso, talvez eles nem imaginem, já que, o Resolver uniu o Entender, a, Beleza, e, assim escreveu. Dizendo para o Entender, o quanto era bonito, toda Beleza, que, emanava em ambos...
Depois de ter lido as anotações feitas nesta escavação, peguei uma foto, e, um quadro virados para baixo, ao desvirar-los, estavam contidas as imagens...
Na foto a imagem.
"Uma mulher de cabelos loiros, de olhar castanhos, bela como o solo. Um homem de cabelos castanhos, de olhar verde, de um entender, que, resolvia tudo no dialogar.
No quadro a imagem:
"Um navio pirata vindo ou indo para um por ou nascer do sol, na busca ou encontrando a sua grande amizade."
Pensei comigo:
- É uma lenda, um mito, ou, uma realidade cheias de versos no soprar das velas da vida.
Levantei, arrumei todo conteúdo na pastas, e, da entrada fiquei a me perguntar:
- Em qual ponto devo arquivar?
Depois de alguns minutos, sem uma decisão plausível, decidi:
- Colocarei no centro. Afinal, do centro deste saguão, nasceu esse amor, e, desse amor, uma amizade eternizada no centro deste universo.
Assim foi feito, acima da pasta, deixei o quadro exposto para lembrar-me, que, a vida navega por mares distantes, no curso tempestades se farão, calmaria existirão, mas, se o carinho, a força desta amizade forem verdadeiras, nenhum nevoeiro encobrirá, nem ficará perdida em alto mar.
Texto: Perdida em Nevoeiro.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 22/07/2023 às 17:46