Vanessa. (Acróstico)
Vanessa. (Acróstico)
Velejei por anos, à procurar conquistas, nesse tempo me perdi, esquecendo das verdades, sabotei meus ideais, sufoquei meu amor, acreditando viver.
Amei muitas mulheres, naufragando sentimentos, vivi a vã ilusão de ganhar, sem parar pra pensar, não vi as perdas.
Ninguém escapou ileso, das batalhas que travei, fui o melhor dos melhores, o mais brutal de todos os guerreiros, até, sentir uma dor lancinante no peito.
Estava tão perto de ser Deus, tão intocável, quanto imortal, sem conhecer o medo, ou, magia, vir-me louco entre espadas e gritos, chamei um nome esquecido por séculos.
Senti vontade de fugir, senti vontade de ficar, entristecido pelos feitos passados, derrotado pela força, que, invadiu meu ser.
Segui desesperado para o mar, cego pela fumaça das setas, que, queimavam os campos, estava ferido, mas, não sangrava, qual arma seria capaz de ferir sem ao menos tocar-nos?
Antes levantava velas, seguindo o alto mar, sem curso definido, fiquei a deriva, nem o vento me guiava.
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Veio a vontade de chegar, a um determinado porto, no cais da solidão, tentando esquecer a tristezas, sentir o desejo de amar, saborear o prazer de voltar a sorrir, ainda que me pareça um sonho.
Texto: Vanessa. (Acróstico)
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 08/05/2002