ALGUÉM CONSEGUE VIVER ... SEM COMPARAR?

 

Comparar

Alguém consegue viver ... sem comparar?

Duvido

Comparar!

Não há dúvida que é [no tempo] um nosso modo ... de ser

É verdade

O que mais [aqui] fazemos ... é comparar

Até Deus o fez, no que comparou no que lhe foram apresentadas

as ofertas ... de Abel e de Caim

Em que o primeiro ofereceu as primícias de seu rebanho

E o segundo O ofereceu os frutos da terra

E Deus escolheu ... a oferenda de Abel

Tê-lo-ia feito por comparação ... ou não?

 

 

Comparar

Fazemos isto o tempo todo ... em nossos movimentos

Na compra d’um carro, por exemplo, o qual um “escolhemos” e, assim, o “elegemos”

Visto que comparamos ... vários carros

 

 

Ou quando compramos um animal de estimação

Onde muitos preferem o que seja de raça e não um vira-lata

E [neste caso] muito provavelmente não porque amam a espécie canina em si

 

 

E o mundo gira em seu eixo o tempo inteiro “comparando”:

Coisas, objetos, e até ... pessoas

E acaso estou enganado?

Oh, e o que é um concurso de Miss Universo que não seja comparar

as mulheres entr’elas?

 

 

Comparar

Oh! que mania mais boba é esta, meu Deus!?

Uma tentação, é verdade

Feliz de quem vive sem comparar

E, haveria alguém [aqui] que assim não faz?

 

 

Todavia, comparar também é bom

Ao qu’eu não negarei [que seja]

O que é mal é quando a visão é contaminada por preconceitos

e identificações no processo de qualquer “comparação”

E, sobretudo, quando se faz em função de inveja

 

 

E na comparação o que mais importa seria a semelhança ou a diferença?

No processo em que se observa algo ou melhor ou pior ... que outro

Como também algo maior ou pior ... que outro

Mas dificilmente ... igual

 

 

E então ...

Comparar

Seria um estado mórbido ... ou seria “natural”?

Seria uma “ação mental” ou uma “reação”?

Fato é que faz parte de nossa personalidade

E também de nossa “civilização”

No que nos “adaptamos” a este “mecanismo psíquico”

 

 

Comparar

Qualquer um que se analisar bem sua vida verá que o mais

[nela] faz é ... comparar

Mas, por que [razão] comparamos?

Estaria em nosso “inconsciente”?

Comparar apenas por comparar não é resposta

E deveria, então, haver uma justificação (um motivo)?

 

 

E todos deste modo são:

“Viciados comparadores”

A concluir-se tratar, sim, d’um estado muitas vezes mórbido

Oh! E quem disse qu’eu não sou?

Sou também [como qualquer um] ... “comparador”

No que “exerço esta faculdade” (de comparar) até imperceptivelmente

 

 

Sim

Comparo-me com ... os outros

No qu’eles são

No qu’eles têm

No qu’eles fazem

Todo mundo é [oh, que pena!] “assim”

E visto que comparo, também [os] reparo (percebo-os)

E sou [por todos] reparado

No qu’eles também se comparam .... comigo

No que sou

No que tenho

No que faço

Neste comum ato de todos se compararem

Como que vítimas d’um contágio 

 

 

E nos perguntamos [como que revoltados conosco]:

Por que eu não sou como ele?

Por que ele tem e eu não [tenho]?

Por que eu não faço como ele [faz]?

 

 

Meu Deus, não consigo ver nada mais ridículo que isto

É muita “pobreza” ...

E será que ninguém é capaz de ver qu’está [deste modo] n’um inferno?

Meu amigo, é simples de entender:

Se você tem inveja d’alguém é porque você se comparou co’ele

 

 

E tudo o que fazemos nasce d’uma, pois, comparação

Basta vermos bem:

Se julgo alguém é porque o comparo [de certa forma] comigo

Se “desço a lenha” n’um nome d’alguém (o qual co’ele não me simpatizo)

só o faço porque o comparei c’outro (co’alguém de minha afinidade,

ou comigo mesmo)

Se falo mal d’um político [a ser, é claro, d’outro partido] é por que o

comparo com o do partido qu’eu apoio (isto é, do “meu partido”)

Se “atiro pedras” n’alguma religião, só o fiz porque a comparei co’a minha

 

 

E nossas escolhas (se forem realmente “nossas”) vieram de “comparações”

Ninguém deseja algo se não o comparou com outra coisa

E o mesmo se dá com as pessoas

Na verdade, com tudo

A que construímos a vida como a se fazer [tudo] “n’uma seleção”

 

 

E não é só com o “espaço” que “praticamos” nossas comparações

Com o “tempo” também, principalmente os mais velhos

Reparem bem no que muitos dizem:

- “Os temos d’outrora é que eram bons”

Ah, e tal expressão não nasceu d’uma “comparação” [entre o passado

 e o presente]?

 

 

Comparar

Mas a verdade é que ninguém s’esforça em querer tirar [de si]

este (muitas vezes) maldito hábito

Talvez porque ninguém vê nele o estrago que em nossas vidas causou

 

 

Não há no homem nada que o torna mais miserável que

 o de “se comparar” co’alguém

Seja pela ideia de se achar melhor que outro

Seja por ter [dele] inveja

Oh! Por que é tão difícil "se aceitar" e ser "somente a si próprio'"?

Será que não nos amamos o suficiente para só nos "abraçarmos"?

 

 

Comparar

E, principalmente, se comparar com alguém

Será que um dia este “hábito” no mundo cessará?

E como o mundo a partir dest’hora será?

 

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 20 de julho de 2023

 

ILUSTRAÇÕES: INTERNET

 

 

**********************************

 

FORMATAÇÃO SEM AS IMAGENS

 

ALGUÉM CONSEGUE VIVER ... SEM COMPARAR?

 

Comparar

Alguém consegue viver ... sem comparar?

Duvido

 

Comparar!

Não há dúvida que é [no tempo] um nosso modo ... de ser

É verdade

O que mais [aqui] fazemos ... é comparar

Até Deus o fez, no que comparou no que lhe foram apresentadas

as ofertas ... de Abel e de Caim

Em que o primeiro ofereceu as primícias de seu rebanho

E o segundo O ofereceu os frutos da terra

E Deus escolheu ... a oferenda de Abel

Tê-lo-ia feito por comparação ... ou não?

 

Comparar

Fazemos isto o tempo todo ... em nossos movimentos

Na compra d’um carro, por exemplo, o qual um “escolhemos” e, assim, o “elegemos”

Visto que comparamos ... vários carros

 

Ou quando compramos um animal de estimação

Onde muitos preferem o que seja de raça e não um vira-lata

E [neste caso] muito provavelmente não porque amam a espécie canina em si

E o mundo gira em seu eixo o tempo inteiro “comparando”:

Coisas, objetos, e até ... pessoas

E acaso estou enganado?

Oh, e o que é um concurso de Miss Universo que não seja comparar

as mulheres entr’elas?

 

Comparar

Oh! que mania mais boba é esta, meu Deus!?

Uma tentação, é verdade

Feliz de quem vive sem comparar

E, haveria alguém [aqui] que assim não faz?

 

Todavia, comparar também é bom

Ao qu’eu não negarei [que seja]

O que é mal é quando a visão é contaminada por preconceitos

e identificações no processo de qualquer “comparação”

E, sobretudo, quando se faz em função de inveja

 

E na comparação o que mais importa seria a semelhança ou a diferença?

No processo em que se observa algo ou melhor ou pior ... que outro

Como também algo maior ou pior ... que outro

Mas dificilmente ... igual

 

E então ...

Comparar

Seria um estado mórbido ... ou seria “natural”?

Seria uma “ação mental” ou uma “reação”?

Fato é que faz parte de nossa personalidade

E também de nossa “civilização”

No que nos “adaptamos” a este “mecanismo psíquico”

 

Comparar

Qualquer um que se analisar bem sua vida verá que o mais

[nela] faz é ... comparar

Mas, por que [razão] comparamos?

Estaria em nosso “inconsciente”?

Comparar apenas por comparar não é resposta

E deveria, então, haver uma justificação (um motivo)?

 

E todos deste modo são:

“Viciados comparadores”

A concluir-se tratar, sim, d’um estado muitas vezes mórbido

Oh! E quem disse qu’eu não sou?

Sou também [como qualquer um] ... “comparador”

No que “exerço esta faculdade” (de comparar) até imperceptivelmente

 

Sim

Comparo-me com ... os outros

No qu’eles são

No qu’eles têm

No qu’eles fazem

Todo mundo é [oh, que pena!] “assim”

E visto que comparo, também [os] reparo (percebo-os)

E sou [por todos] reparado

No qu’eles também se comparam .... comigo

No que sou

No que tenho

No que faço

Neste comum ato de todos se compararem

Como que vítimas d’um contágio 

 

E nos perguntamos [como que revoltados conosco]:

Por que eu não sou como ele?

Por que ele tem e eu não [tenho]?

Por que eu não faço como ele [faz]?

 

Meu Deus, não consigo ver nada mais ridículo que isto

É muita “pobreza” ...

E será que ninguém é capaz de ver qu’está [deste modo] n’um inferno?

Meu amigo, é simples de entender:

Se você tem inveja d’alguém é porque você se comparou co’ele

 

E tudo o que fazemos nasce d’uma, pois, comparação

Basta vermos bem:

Se julgo alguém é porque o comparo [de certa forma] comigo

Se “desço a lenha” n’um nome d’alguém (o qual co’ele não me simpatizo)

só o faço porque o comparei c’outro (co’alguém de minha afinidade,

ou comigo mesmo)

Se falo mal d’um político [a ser, é claro, d’outro partido] é por que o

comparo com o do partido qu’eu apoio (isto é, do “meu partido”)

Se “atiro pedras” n’alguma religião, só o fiz porque a comparei co’a minha

 

E nossas escolhas (se forem realmente “nossas”) vieram de “comparações”

Ninguém deseja algo se não o comparou com outra coisa

E o mesmo se dá com as pessoas

Na verdade, com tudo

A que construímos a vida como a se fazer [tudo] “n’uma seleção”

 

E não é só com o “espaço” que “praticamos” nossas comparações

Com o “tempo” também, principalmente os mais velhos

Reparem bem no que muitos dizem:

- “Os temos d’outrora é que eram bons”

Ah, e tal expressão não nasceu d’uma “comparação” [entre o passado

 e o presente]?

 

Comparar

Mas a verdade é que ninguém s’esforça em querer tirar [de si]

este (muitas vezes) maldito hábito

Talvez porque ninguém vê nele o estrago que em nossas vidas causou

 

Não há no homem nada que o torna mais miserável que

 o de “se comparar” co’alguém

Seja pela ideia de se achar melhor que outro

Seja por ter [dele] inveja

Oh! Por que é tão difícil "se aceitar" e ser "somente a si próprio'"?

Será que não nos amamos o suficiente para só nos "abraçarmos"?

 

Comparar

E, principalmente, se comparar com alguém

Será que um dia este “hábito” no mundo cessará?

E como o mundo a partir dest’hora será?

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 20 de julho de 2023

 

O Pincel e a Paleta
Enviado por O Pincel e a Paleta em 21/07/2023
Código do texto: T7842262
Classificação de conteúdo: seguro