Lembranças
Enquanto eu buscava nas lembranças antigas, algo que me reconfortasse... uma batida leve, na janela, ouvi - Era a desilusão apreciando a luz apagada, e assim entrou, com a expressão fatigada, nem dei atenção, é que o silêncio da noite há muito não me assusta, isolada e sem graça, ela me achou, escrevendo por escrever pensamentos tolos e mal escritos, deixei que ela ficasse por ali.
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Por tantas noites caminhei, dizendo que sem os seus olhos eu seria eternamente só, sendo a sua voz, acalento para os meus sonhos, na doce lembrança, guardei. Só e distante, agora, e tanto tanto voei, nem cheguei... em cada tentativa fracassei, nem ilhada sou, sou somente a sombra de um amor que em cada linha se perdeu, só eu sei o quanto amo, quanto amei. Sem intento, sem ida nem vindas, nas lembranças parei.
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Das coisas que se diz secretas, essas permanecerão carinhosamente guardadas, outras esquecidas, as palavras perderam o sentido, somos ilhas mais que distantes, aqui de onde lhe vejo, não existe o cintilar dos vaga-lumes, tudo é cego, exceto o brilho das janelas ao longe, em cada interior o seu dilema, enquanto para mim, lá fora pouco importa, o vazio sequer me incomoda. Por dentro, eu já não grito vida.
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