Porto Seguro.
Porto Seguro.
Navegando uma semana em mar alto, assistindo velhas embarcações naufragarem sem cais à ancorar, eu, minha Nau, luta contra as forças do destino para alcançar um PORTO SEGURO.
Entre os dias, e, as noites, sem canções entoadas regadas de rum, este corsário, na proa, tenta ouvir a voz do mar, a mesmo que levou nas ondas do tempo, um tempo pedido.
Nas velas içadas pelo marujo em sinal de estada à navegar, ventos deslizam sobre elas dando a direção favorável aos deuses, que, em culto à Anteros, um deus solitário, cuja a razão, vem de ser que o amor deve ser respondido, se for, que seja para prosperar, então, esse navegador espera novos soprar.
Após o trabalho mais árduo frente aos de Hércules, ele lança mão no timão em prol deste porto consagrado por um olhar em desejo, por um toque nunca visto no universo a cavalgar, e, dias anteriores, onde, no alto da costeira, ele segurava nos em seus braços, aquela que se fez sol nos dias de frios, e, luar nas noites quentes entre lençóis...
Há um horizonte a frente esperando este corsário desembarcar. Na sexta lua de Selene, devo ancorar com mar calmo, e, neste porto seguro, embriagando-me do rum da felicidade, em companhia desta que fora, não um curso a seguir, mas, um destino a se cumprir...
Texto: Porto Seguro.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 19/07/2023 às 06:03