ESCOLINHAS DE TIRO AO ALVO
1 - INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO ÚNICO.
2 - SERÃO PREMIADOS OS QUE ATIRAREM NO MESMO ALVO.
3 - "MEIA-VOLTA, VOLVER!"... 1-2; 1-2; 1-2...
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Era comum no Brasil, nos tempos colonial e imperial, o patriarca da família escolher e impor a profissão e carreira que os filhos teriam de seguir. Quase sempre, o primogênito deveria preparar-se para ser advogado, o segundo iria para o seminário sacerdotal e o terceiro aprenderia com o pai a administrar a fazenda.
Na época da república oligárquica, que vai de 1894 a 1930, adicionou-se mais uma profissão escolhida pelo patriarca para um dos seus filhos: militar das forças armadas. Os militares tinham grande influência na administração do país (oligarquia).
Importante lembrar que o primeiro requisito para ingressar na elite do oficialato das forças armadas era a branquidade. Essa seleção racial, sub-reptícia, aconteceu até a metade do século XX.
Dando prosseguimento ao critério de escolha pelo patriarca, os filhos advogados foram se transformando em políticos profissionais. No Congresso Nacional, nas governanças estaduais e nas prefeituras e edilidades municipais, não é raro encontrar grupos familiares (pai, mãe, filhos e netos) revezando-se a cada ciclo eleitoral.
Exceto a troca de padres por pastores, nada mudou. Todos - a maioria filhinhos de papai - ainda se orgulham de ser conservadores, pelo menos até se libertarem do velho e macróbio patriarcalismo.
- "O que é que você quer ser quando crescer?" - Isso é liberdade.
Lamentavelmente, a liberdade para atirar e matar ainda não está fora de moda. Um comportamento aprendido com os nossos pais, com os nossos avós . . .