A Infância me Acompanhou até meu Bairro...

A Infância me Acompanhou até meu Bairro...

Hoje, no ônibus, vi uma cena inédita, digna de um Oscar, era uma menina com seus quatro, ou, cinco anos com uma boneca nos braços. Fiquei parado admirando a natureza, e, seus agentes, que, oras fazem-se presente nos surpreendendo de minutos à minutos.

Saindo da minha torpe, a criança conversava com sua boneca, mostrava a paisagem por sobre a janela, balançava-a como se a mesma tivesse movimentos próprios, ela andava em seu colo, elas se abraçavam carinhosamente, se beijavam, e, a criança fazia-se ouvir:

- Eu gosto de você!

Voltei ao meu tempo, onde brincadeiras deste tipo eram protagonistas da minha infância, lembrei dos tantos quanto pude, como:

Baleado.

Carrinhos com pneus e cabo de vassoura.

Latas puxadas por cordões, tendo dentro deles algumas britas para enfatizar seus motores.

Pique-Pega.

Trocas de figurinhas repetidas.

Esconde-Esconde.

Carrinhos deslizando sobre uma rodagem feita com as mãos juntas.

Bonecos como:

Comandos em Ação,

Falcon,

He-Man,

Thundercats,

Fofoletes, e, outros...

Pois é, tantos foram nossas aventuras dentro dos anos de ouro da infância, com uma diversidade de desenhos bem feitos, não, os do agora...

Que saudade!

Por falar em saudade, quem não seguia Robô-Gigante, Ultrasevem, Ultraman, O Homem de Seis Milhões de Dólares, Profissão Perigo, Automan, A Mulher Maravilha, Justiça Final, Esquadrão Classe A, Anjos da Lei, Chip's, e, outros, onde com meu Kichute, eu pulava o muro do garagem de casa com apenas um salto (Talvez minha adoração pela adrenalina.), noutros momentos com minha capa feita de toalha, ia para o alto e avante.

Super-Herois, juizes, policiais, lutando contra hordas de inimigos criados pela pureza de um menino querendo aparecer na TV, onde a tela entendia-se do quarto, até, o quintal. Tempo, o qual não haverá retorno, mas, que podemos relembrar com carinho, e, assim dizer:

- Nós tivemos infância...

Sim, vendo o histórico desta infância de agora, se assim pudermos afirmar ser, procuro em tantos lugares para perceber a morte do mesmo, contudo, vendo a criança e sua boneca no ônibus, desenhando a mesma infância de outrora, percebo que, não morreu de fato, apenas se esconde dentro dos pais, que, entendem a beleza de brincar, sendo reforçado no olhar daquela criança em seu mundo...

Parabéns a velha infância.

Nota:

Ao ver uma criança e sua boneca de pano no ônibus para casa.

Texto: A Infância me Acompanhou até meu Bairro...

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 13/07/2023 às 16:28

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 13/07/2023
Reeditado em 13/07/2023
Código do texto: T7836164
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.