Meu Coração oceano
Então Senhoras e senhores, apresento a todos vocês, o meu coração oceano, aquele que nunca para de bater mesmo que a vida queira se extinguir.
Aquele que procura sentido em tudo que faz, que ri das coisas bobas e que escreve quando está apaixonado.
Que não entende a finalidade de certas pontas soltas e chora por não saber juntá-las novamente.
Pede socorro quando está só e sonha em ser um muro repleto de existência e memórias afetivas.
Esse coração que tanto dói, na maioria do tempo luta contra sua própria racionalidade pra ser e seguir o que teoricamente é proposto por sua fraca percepção, esse coração que é ingênuo ao ponto de achar que todos se importam com ele.
Mas vamos lá, vou te dizer um segredo ele sabe disso, mas vive em uma utopia terrível, e no final do dia se choca com a parede real da vida e com a resposta de suas fraquezas.
Então, esse coração sente muito e demonstra pouco, prefere ser ferido do que ferir, vira a noite bolando estratégias pra não assustar ninguém com seus sonhos malucos ou sua playlist fora de época.
Mas sabe do que mais? O pulsar desse coração é como o oceano calmo e perigoso, sua parte interna vez ou outra mostra o quanto deseja se isolar de tudo que é vivo mas invés disso se multiplica mesmo sendo um pra tentar mostrar que bate forte e que é um coração tão vivo quanto o de todos.
então senhora e senhores esse coração nada mais é do que alguém buscando a si todos os dias, mergulhando na vasta teoria de que ser racional é melhor do que sentir muito, procurando a magia do mundo em lugares pouco palpáveis.