A NOSSA HISTÓRIA NO TEMPO

 

    Tempo

Mundo

     Vida

       Vidas

   Minhas vidas

       Nossas vidas

 

 

   Utilizando d’um pleonasmo vicioso pergunto a ti:

        Quantas vidas [você] já viveu?

   E quantas mortes [você] já morreu?

Ressuscitou ou estagnou-se ... no tempo?

      A verdade é que esquecemos

 E o tempo inexoravelmente s’estende em sua corrente

     N’um universo que parece também se dilatar

 E, n’uma história que parece jamais ase findar

       Será?

 

 

    E seria a eternidade uma ilusão criada pelas religiões, ou porque

       não temos “outra esperança”, precisamos n’ela acreditar?

   E o que valeria o nosso credo se tudo então acabar?

         Seria inútil, então?

De que valeria todo o nosso esforço nest’exílio?

  Sendo assim, como dizia o profeta, “comamos e bebamos,

    porque amanhã morreremos”? (Isaias 22:13)

      Bom, melhor deixar p’ra lá

 

 

Oh! Tardamo-nos [aqui] ou no final (se houver) perceberemos

     ter a vida passado tão rápida?

  E de que tens mais medo?

      Seria da morte ... ou mais seria ... da própria vida?

 

 

      E então ...

Quantas vidas [você] já viveu?

     E quantas mortes [você] já morreu?

         Não

  Não estou falando de reencarnação

     Não, não e não

         Nada disso

 Falo de nossa estória a s’escrever e se fazer a nossa “história”

 

 

     Pergunto-vos novamente:

Quantas vidas, então, experimentou?

           Quantas mortes passou?

     E de quantas [dela então] precisou?

  Ou, n'outras palavras:

   Quantas vezes [você] nasceu?

     Quantas vezes morreu?

  E quantas vezes ainda nascerás e morrerás

        pelo que precisarás morrer?

     E quando será a "última morte"

          para não precisar novamente ... de nascer?

A se lembrar mais uma vez que não estou falando de reencarnação

   Estamos entendidos?

 

1633158.jpg

  

Oh! Alguma vida perpetuou-se no que imortalizada foi?

     Neste tempo e neste mundo, ah! eu duvido

   No que nada [aqui] é perene

E, portanto, não perdura nem permanece ... para sempre

       Nada

   Tudo passa

 Até porque faz-se preciso ... passar

 

 

         Mundo

     Tempo

  Em quantos cenários [você] já passou

     Em quantos palcos pisou?

E quantos personagens interpretou (e em cad’um [n’eles] viveu)?

   Fostes o herói em todos ou também fez o papel do vilão?

       Quantos roteiros viveu?

  E algum repetiu?

   Se assim foi, que pena!

 

 

  Se observarmos bem, ninguém consegue ser um único

        personagem por toda a vida

  Seria contrariar nossa natureza

   Seria um pecado sem perdão

Até porque somos o tempo todo “esculpidos” pela mão da Vida

      em nossos “eventos ordinários” [para não repetir]

  (Ainda que [ela] respeite nossa liberdade)

 

 

     Tempo físico ... e psicológico

(Das três dimensões que conhecemos

      Passado, presente, futuro)

  podemos “estar em todas ao mesmo tempo”

    E assim ... viajamos conscientes ou não

        no agora (tempo presente)

     no passado (tempo da memória)

   no futuro (tempo da esperança)

E dialogamos no tempo e no mundo em qu’estamos ... com nós mesmos

      É verdade

 Entre lembranças, nas alegrias vividas das páginas viradas

      Ou mesmo açoitados pelos arrependimentos e remorsos

  E raptadas são nossas mentes pelos desejos e projeções

         da estória que queremos que prossiga

 

1633161.jpg

 

    E seriam apenas “tempos mentais”?

       Não creio

  São, na verdade, reais ... todos

 

 

      E desta forma “existimos” em três tempos dinâmicos

         A ser nossa “realidade”

  Em que nela nos “percebemos” ... no tempo e no espaço

 

 

      “Eu morro todos os dias”

  Como assim dizia o apóstolo em sua carta (1 Coríntios 15:31)

       E nas ondas quânticas do tempo nos formamos

Da existência que precede a essência, como bem dizia Sartre

   Em que se faz [ou nos fazemos] de forma necessária

          Vivendo e morrendo o tempo todo

 Talvez visto que a Vida não quer que sejamos réplicas no presente

     dia no que fomos ontem, conforme antes disse

A que vivemos um número constante de “variações temporais”

   Onde, ainda que não seja tão bem compreendido, podemos

         dizer que tal “processo” é simplesmente fantástico

 

1633162.jpg

 

     Oh! Será que haverá um fim deste ciclo?

  Penso que sim

   Quando?

     Sei lá, não faço a mínima ideia

E s’estamos com todos conectados (ligados)?

        Também acredito que sim

  Já que somos irmãos e dependentes uns dos outros

     “Afetando” todos e sendo “afetados” ... por todos

   Respirando o mesmo ar

E caminhado n’uma mesma e única estrada

 

1633159.jpg

 

       Amemo-nos uns aos outros, então

   É a Lei

Pena que [para cumpri-la] precisamos ser “mandados”

  Mas, é onde se percebe o “amor” da Vida para com seus filhos:

       Ela respeita nossa liberdade

 

1633160.jpg

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 09 de julho de 2023

 

IMAGENS: INTERNET

 

MÚSICA: “ALPHA” – VANGELIS

https://www.youtube.com/watch?v=gGf7v0UPdFk

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES:

 

A NOSSA HISTÓRIA NO TEMPO

 

    Tempo

Mundo

     Vida

       Vidas

   Minhas vidas

       Nossas vidas

 

   Utilizando d’um pleonasmo vicioso pergunto a ti:

        Quantas vidas [você] já viveu?

   E quantas mortes [você] já morreu?

Ressuscitou ou estagnou-se ... no tempo?

      A verdade é que esquecemos

 E o tempo inexoravelmente s’estende em sua corrente

     N’um universo que parece também se dilatar

 E, n’uma história que parece jamais ase findar

       Será?

 

    E seria a eternidade uma ilusão criada pelas religiões, ou porque

       não temos “outra esperança”, precisamos n’ela acreditar?

   E o que valeria o nosso credo se tudo então acabar?

         Seria inútil, então?

De que valeria todo o nosso esforço nest’exílio?

  Sendo assim, como dizia o profeta, “comamos e bebamos,

    porque amanhã morreremos”? (Isaias 22:13)

      Bom, melhor deixar p’ra lá

 

Oh! Tardamo-nos [aqui] ou no final (se houver) perceberemos

     ter a vida passado tão rápida?

  E de que tens mais medo?

      Seria da morte ... ou mais seria ... da própria vida?

 

      E então ...

Quantas vidas [você] já viveu?

     E quantas mortes [você] já morreu?

         Não

  Não estou falando de reencarnação

     Não, não e não

         Nada disso

 Falo de nossa estória a s’escrever e se fazer a nossa “história”

 

     Pergunto-vos novamente:

Quantas vidas, então, experimentou?

           Quantas mortes passou?

     E de quantas [dela então] precisou?

  Ou, n'outras palavras:

   Quantas vezes [você] nasceu?

     Quantas vezes morreu?

  E quantas vezes ainda nascerás e morrerás

        pelo que precisarás morrer?

     E quando será a "última morte"

          para não precisar novamente ... de nascer?

A se lembrar mais uma vez que não estou falando de reencarnação

   Estamos entendidos?

 

Oh! Alguma vida perpetuou-se no que imortalizada foi?

     Neste tempo e neste mundo, ah! eu duvido

   No que nada [aqui] é perene

E, portanto, não perdura nem permanece ... para sempre

       Nada

   Tudo passa

 Até porque faz-se preciso ... passar

 

         Mundo

     Tempo

  Em quantos cenários [você] já passou

     Em quantos palcos pisou?

E quantos personagens interpretou (e em cad’um [n’eles] viveu)?

   Fostes o herói em todos ou também fez o papel do vilão?

       Quantos roteiros viveu?

  E algum repetiu?

   Se assim foi, que pena!

 

  Se observarmos bem, ninguém consegue ser um único

        personagem por toda a vida

  Seria contrariar nossa natureza

   Seria um pecado sem perdão

Até porque somos o tempo todo “esculpidos” pela mão da Vida

      em nossos “eventos ordinários” [para não repetir]

  (Ainda que [ela] respeite nossa liberdade)

 

     Tempo físico ... e psicológico

(Das três dimensões que conhecemos

      Passado, presente, futuro)

  podemos “estar em todas ao mesmo tempo”

    E assim ... viajamos conscientes ou não

        no agora (tempo presente)

     no passado (tempo da memória)

   no futuro (tempo da esperança)

E dialogamos no tempo e no mundo em qu’estamos ... com nós mesmos

      É verdade

 Entre lembranças, nas alegrias vividas das páginas viradas

      Ou mesmo açoitados pelos arrependimentos e remorsos

  E raptadas são nossas mentes pelos desejos e projeções

         da estória que queremos que prossiga

 

    E seriam apenas “tempos mentais”?

       Não creio

  São, na verdade, reais ... todos

 

      E desta forma “existimos” em três tempos dinâmicos

         A ser nossa “realidade”

  Em que nela nos “percebemos” ... no tempo e no espaço

 

      “Eu morro todos os dias”

  Como assim dizia o apóstolo em sua carta (1 Coríntios 15:31)

       E nas ondas quânticas do tempo nos formamos

Da existência que precede a essência, como bem dizia Sartre

   Em que se faz [ou nos fazemos] de forma necessária

          Vivendo e morrendo o tempo todo

 Talvez visto que a Vida não quer que sejamos réplicas no presente

     dia no que fomos ontem, conforme antes disse

A que vivemos um número constante de “variações temporais”

   Onde, ainda que não seja tão bem compreendido, podemos

         dizer que tal “processo” é simplesmente fantástico

 

     Oh! Será que haverá um fim deste ciclo?

  Penso que sim

   Quando?

     Sei lá, não faço a mínima ideia

E s’estamos com todos conectados (ligados)?

        Também acredito que sim

  Já que somos irmãos e dependentes uns dos outros

     “Afetando” todos e sendo “afetados” ... por todos

   Respirando o mesmo ar

E caminhado n’uma mesma e única estrada

 

       Amemo-nos uns aos outros, então

   É a Lei

Pena que [para cumpri-la] precisamos ser “mandados”

  Mas, é onde se percebe o “amor” da Vida para com seus filhos:

       Ela respeita nossa liberdade

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 09 de julho de 2023

 

O Pincel e a Paleta
Enviado por O Pincel e a Paleta em 09/07/2023
Reeditado em 09/07/2023
Código do texto: T7832702
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