Não poema de morte e vida
Nasço todo dia, que saco! Reencarno todo dia pois fico inventando de morrer as manias, cenas vividas e trato de morrer a personalidade. Eu pulso inflamando, faço casca de ferida e no meio disso está o limite do corpo e da mente, vazos sanguíneos e muitas metáforas.
Tenho vivido mais, que contraditório! Todo dia eu morro e mesmo vivendo mais, nem todo dia eu nasço, renasço ou desfaço a cova das emoções. Eu tenho vivido mais, porém todo dia eu morro feliz como quem deita, dorme e descansa.
Mas o que eu mais queria era viver sem ter medo de morrer, queria acordar sem rotina automática, queria viver na bagunça existencial que não me deixa claro se todo dia eu nasço ou se todo dia eu morro.