Nem tudo precisa ter dedicatória.
E eu te vi ir embora, de vez.
Eu vivi esse último ano na esperança de te encontrar, e antes disso, eu esperei tanto pela tua chegada na minha vida, como se isso já fosse um plano escrito no Universo, do qual eu me preparei a vida toda, e mesmo assim, quando tu chegou, eu não sabia bem como reagir, o que falar ou fazer.
Mas tudo fluiu tão naturalmente que parecia um sonho, a gente se conectou de uma forma que eu não consigo acreditar que tu não tenha pensado em mim no último ano em que não nos vimos.
É impossível que tu não tenha sentido.
Seria um descaso imensurável, pois foi a coisa mais linda que ambos poderíamos sentir.
Mas também tem o outro lado, as coisas que nos impedem, como se também não fosse pra ser, não agora.
Mas porra, que problema tem em sermos felizes?
Em termos vontade de largar tudo, e até mesmo fazê-lo?
Eu conseguia sentir todos os seus cabelos se arrepiarem com meu toque, eu conseguia sentir, e teu sussurro, excitado, ofegante, jamais vai sair da minha mente.
Me deixaste amaldiçoada, predestinada a te esperar, como um ciclo vicioso.
Tudo bem tu ter decidido ir, mas por que não levou as lembranças?
Tudo bem tu ter decidido ir, eu estarei aqui quando voltar.