Estar nua de mim mesma

Me revejo no ensejo da experimentação.

Visual, pessoal. Temporal. Transformação.

Se tem espelho e captura. Tem também passado.

No fluxo de pensamento e relatos mentais

não programados.

Me espio, me vigio no tempo que não da trégua.

Na fresta que resta se rompe sem festa: o ser.

Existir. Compreender. Revelar

E no gerúndio vou estar sendo

no fundo, na alma... Em Deus.

Existem feras feridas e feridas curadas.

Almas perdidas com corações achados no distúrbio.

Existe só quem exista e persista na rotina.

Mas há quem rotinize na persistência

como curativo.

Um dia de cada vez!

Sobreponho pensamentos pra transformar.

Respiro. Retiro. Me refiro a ser um ser despido.

Se estar nu é não ter nada sobre a pele,

aos poucos no corpo o vento me toca.

Gênia Fernandes
Enviado por Gênia Fernandes em 05/07/2023
Código do texto: T7829787
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