A verdade das coisas
A verdade das coisas não está no que possa significar. A verdade das coisas, para ser depositária dessa categoria valorizativa, necessita de um certo acordo. Um acordo que contemple, de um lado a exposição da coisa aos olhos da presumível, ou, ao menos, presumível, crítica. De outro, que o acordo preveja, e se realize, na disposição em aceitar que o julgamento, como qualquer opinião, estará, como num jogo de retorno, também à disposição da crítica. Noutras palavras, estabelecido o acordo, as partes concordam estarem sujeitas às avaliações. Nesse sentido, a verdade das coisas, qualquer coisa, consiste reconhecer que o pensamento e o conhecimento são o resultado imediato da observação colocada em discursos racionais. Racional no sentido de estar estabelecido num código discursivo e linguístico conhecidos. Do contrário, o que se terá serão ruídos. O ruídos, como em qualquer interface relacional, atrapalham a comunicação e o entendimento. Nesse quadro, o que se terá serão impressões, só impressões, de algo que não se teve clareza; uma lástima.