Esquema-T de Tarski: linguagem e metalinguagem
O esquema-T de Alfred Tarski consiste na seguinte construção: ( ) é verdadeiro se e somente se ( )
Sendo que: o primeiro par de parênteses abrange o nome da sentença que preenche o segundo par.
Portanto, a noção de metalinguagem se expressa no conteúdo do primeiro par de parênteses, visto que se trata do nome da sentença e afirma um conteúdo da linguagem, sendo que essa última se apresenta pela sentença que é enunciada no segundo par de parênteses.
Exemplo: (A neve é branca) - nome de sentença, metalinguagem - é verdadeiro se e somente se (a neve é branca) - é a sentença que torna a fórmula verdadeira, linguagem.
Em síntese, pode-se dizer que se trata de uma visão correspondentista, porque o que se diz tem certa reflexão no mundo ao apresentar um fato e uma afirmação sobre o mesmo pelo uso e menção. A partir dessa inferição, pode-se estabelecer uma relação com a visão aristotélica, uma vez que o pensador busca a verdade da correspondência entre a linguagem e os objetos no mundo, entendendo a mesma como um aparato que reflete como as coisas são. Outrossim, no capítulo destinado à leitura, da obra de Susan Haack: “Filosofia das lógicas”, a autora afirma ainda que a metalinguagem deve ser observada como método de resolução ao problema dos paradoxos semânticos. Ou seja, Tarski propôs a definição de condições para a verdade, sendo que a discussão sobre a metalinguagem e a linguagem se baseia no entendimento de que a metalinguagem é representada pelo nome da sentença e discorre sobre ela na medida em que fixa um critério de verdade para tal sentença, configurada como a linguagem a partir da qual a metalinguagem discursa ao nomeá-la.
Disciplina: Filosofia da Linguagem