VOCÊ TEM MEDO DA “INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL”? EU NÃO
Não, não, não ...
Mas não mesmo
Não irei [aqui] fazer um discurso apocalíptico a respeito da I.A (Inteligência Artificial)
(Como muitos estão fazendo!)
Não “entrarei na onda” do momento, não
De form’alguma
Mas não mesmo
Não vou ficar falando (como tantos) que a (Inteligência Artificial)
é um sinal visível do “final dos tempos”
Ou que as trombetas do apocalipse se fazem ouvir na Terra
Anunciando o fim da humanidade
Ou que s’escreve nest’hora o último capítulo de nossa História
A ficar gritando para todos os cantos coisas assim:
- O "armagedom" chegou, as forças e o exército do mal estão aqui
e querem nos derrotar, salve-se quem puder,
Deus tenha misericórdia de nós
Nada disso
Longe de mim em querer colocar medo e pânico nas pessoas
Contudo, falarei, sim, o qu’eu penso a respeito da Inteligência Artificial
de forma lúcida, e, portanto, racional
A ter meus “pés no chão”
Vamos lá, então? ...
Inteligência Artificial?!
Não, não vejo [nela] nada de mal
Já vivemos (e não é d’agora) muito n’um universo cibernético e virtual
A que faz e se cria ... em nosso favor
(Dentro deste nosso mundo que chamamos ... de “real”)
E seria ignorância por parte d’alguém caso este acreditar que
não vivemos [por demais] ... “artificialmente”
(Em praticamente tudo)
Principalmente nas relações de convivência
(Inclusive a sós, cad’um consigo mesmo)
Considerando que quase todas as nossas identidades são falsas
E que por alguém nos foram dadas (influência social)
Ou, principalmente, pelo fato de que não vivemos a sua essência
Se preferimos ser “mentes vestidas” é porque não aceitamos nossa “nudez”
O que nos torna “falsos”, a negar nossa verdadeira natureza
E, portanto, somos [sem sombra de dúvida] ... “artificiais”
E por quê?
A resposta é simples:
Usamos de artifícios o tempo todo
E com mil disfarces
E o fazemos “naturalmente”
Como a se dizer: até mesmo de forma inconsciente
Seja para obtenção de algo (ganho pessoal)
Ou para sermos notados
Ou visando nossa autoproteção (como mecanismos de defesa)
Somos “artificiais”
Verdade seja dita
A começar da “identidade religiosa” de cad’um
Já que todos praticamente têm uma
Serei mais claro:
Ninguém vive sua religiosidade de forma autêntica
Seja ela qual for
E isto vale tanto para os que se dizem “não- praticantes”, como,
e sobretudo, para os que se afirmam [vaidosamente] conservadores
E são [n’orgulho de sua insensatez] ... ridículos fundamentalistas
Estes vivem, na verdade, somente na “superfície” de suas religiões
Vivendo somente uma “religião de fachada” (“farisaicamente”)
Ou, n’uma única palavra: “artificialmente”
E Deus para ninguém ... é “real”
Ou, pode-se afirmar: não é nada
No que isto digo em função do “ateísmo prático”
a ser visto no cotidiano de, pode-se dizer, todos
As relações humanas são inegavelmente “artificiais”
Onde o que mais se respira no mundo é o “ar da hipocrisia”
O gás carbônico da artificialidade
Ou resumindo tudo:
As pessoas não vivem de forma “autêntica”
São artificiais o tempo inteiro
São falsas ...
Oh! E nest’hora muitos dizem que estão com medo da chamada I.A.
(Inteligência Artificial)?!
Ah! Façam-me o favor!
Bom, foquemos diretamente na I.A. (Inteligência Artificial),
que é o nosso assunto em pauta:
Pergunto-vos: para você, o que ela é e o que de fato significa?
Você acha que ela nasceu somente “agora”?
Pois eu digo que não
A Inteligência Artificial é uma “novidade antiga”
E não se trata d’um paradoxo
Ao que ela já existia “em estado de evolução”
Ou na imaginação criadora [de tudo o que há]
De sua imagem que já s’havia precocemente ... na Arte
Aliás, tenho para mim que só podemos imaginar o que é “possível”
Estão duvidando?
Pois bem, alguém se lembra do personagem “Robô” da antiga série
“Perdidos no Espaço”?
Aquele mesmo que participava da vida da “Família Robinson”,
e que dizia quando precisava para alertar: “perigo, perigo”?
Pois é! Ele era um exemplo (embora fictício) de “Inteligência Artificial”
Bem como o Robô “Tars” do incrível filme “Interestelar”
E se voltarmos no tempo ainda veremos a empregada doméstica dos “Jetsons”
Da série de desenho animado “The Jetsons”, cujo nome era “Rose”
Enfim, todos são exemplos de “Inteligência Artificial”
E hoje temos a “Alexa”, que é uma “assistente virtual”
Bem como o "Google Home" ("ok Google”), que é o qu’eu tenho em minha casa
Onde podemos fazer [a eles] inúmeras perguntas a fim de obtermos
informações, notícias, podendo servir também como interações
com dispositivos de casa, etc.
E ter sobre eles o controle total, sob o comando de nossa voz
ou mesmo via celular
Bem, falando sobre Inteligência Artificial não há como esquecer a
“inteligência robótica”
E aqui, acredito, que deve estar a preocupação atual
Esta que está mexendo com as pessoas
Que, embora, usem pouco (ou quase nada) o cérebro,
estão com medo de perdê-lo ... para a Inteligência Artificial
No que muitos estão acreditando que a Inteligência Artificial irá
substituir o ser humano
Será?
Então, não é errado dizer que muitos são por demais “misoneístas”,
ao que têm medo de qualquer novidade
E deste modo são também “conservadores” [e apegados a qualquer
modelo antigo]
E nest’hora eu pergunto a ti:
- Você tem medo da “Inteligência Artificial” ou mesmo da “inteligência
robótica”?
Eu não, meu amigo (minha amiga)
Ao qu’eu digo que estou tranquilo e totalmente calmo quanto a isto
Falando um pouco sobre a “inteligência robótica”:
Analisemos um exemplo:
Fazendo uma viagem no tempo alguém se lembra de como eram
antigamente os bancos?
Sim, n’aquele tempo que não havia “caixas eletrônicos”
N’aqueles tempos que ainda não existia cartões eletrônicos?
Pois é! Os bancos ficavam lotados, com suas filas numerosas
A exibir com frequência um inegável desconforto aos clientes
Isso sem falar no perigo de carregar dinheiro vivo nas carteiras ou bolsas
E eis que vieram em cena, então ... os “caixas eletrônicos”
Que, de fato, substituíram muitos “caixas humanos”
E é onde eu quero chegar:
Muitos bancos optaram em fazer o PDV (programa de demissão voluntária)
Já que muitos de seus serviços iriam ser executados por máquinas
ou sistemas informatizados
Mas, será que são todos que se revoltaram com a substituição do Homem
pela máquina?
Pois eu afirmo que muitos gostaram da ideia
É verdade!
Não somente os bancos, como também o Governo
E qual a razão da felicidade destes?
Vejamos bem, raciocine comigo:
Caixa eletrônico não recebe salário mensal, não tira férias, não desfalca
o banco em casos de licenças médicas (ou de maternidade),
não pede aumento de salário, não tem amparo de sindicatos,
não faz greve, não recebe décimo terceiro, salário família,
depósito em FGTS, não leva a empresa na Justiça para questões
processuais, não reivindica nem reclama por direitos (de nada),
não protesta por cois'alguma (estando sempre "calado")
e por aí vai ...
E, sobretudo, para a alegria do Governo, caixa eletrônico não recebe
pagamento de aposentadoria quando “esgota seu prazo de serviço"
Isto é: quando para de "trabalhar"
O máximo que terá em termos de despesa será com relação
à sua manutenção
Entenderam agora porque nem todos se revoltam com a
inteligência robótica?
Tem muita gente saindo ganhando com a “inteligência robótica
Querem ouvir mais?
Lembram da empregada doméstica Rose, dos Jetsons?
Hoje tem as faxineiras robôs [que fazem o serviço dela]
(Que é sonho de qualquer dona de casa)
E se a dona de casa se sentir um pouco isolada do marido [o qual fica
muito tempo fora] e se sentir carente ainda pode contar
com os vibradores íntimos, que, é sabido, realizam o papel [do homem]
muito bem com relação à “penetração” e estímulo ao orgasmo
Uma forma de vingar muitas vezes do marido quando este diz que
voltará tarde para casa, alegando estar trabalhando,
quando na verdade está levando “a outra” para o motel,
ou mesmo parte para as aventuras virtuais de ficar vendo filmes
eróticos no PC ou no celular (escondido da esposa, é claro)
Sendo assim, repito, nem todos se revoltam com a inteligência artificial
ou robótica
E na minha humilde opinião a Inteligência Artificial não irá substituir
de form'alguma o Homem
Sim, não há razão para todo este desespero e alarde
Vejamos bem:
Antes dos carros as pessoas andavam a cavalo
Oh, nostálgicos tempos d’outrora [que não voltam mais]!
E quando foi criado o carro eu acredito que nenhum filho de uma égua
ficou triste ou revoltado quando via os carros nas ruas,
ou se angustiou quando soube da ideia que seria por eles substituídos
Estimado leitor, o mundo se transforma o tempo todo
E se houve um tempo em que surgiu a chamada “Revolução Industrial”,
hoje é a “Revolução Tecnológica”, n’um período em que a informática
tomou conta de todos os espaços
A nos convidar a “falar uma nova língua”
De maneira que possamos nos “adaptar” à nova realidade
Resumindo:
É assim que a banda toca, mudando constantemente seus ritmos e acordes
Tal como a mensagem daquele best seller “Quem Mexeu no Meu Queijo?”
Meu prezado, nós usamos a Inteligência Artificial e robótica o tempo todo
Seja para fazer uma transação bancária [num caixa eletrônico ou celular]
Como em casa (em muitos utensílios domésticos), ou no trânsito (como GPS)
Dentre inúmeros aplicativos (sobretudo de celular)
E também para diversão
Eu, por exemplo, gosto de jogar xadrez e damas tanto no celular quanto no PC
Sendo praticamente todos os dias
E digo mais: eu só jogo com o chamado “nível difícil”
(A se saber que existem três níveis: fácil, médio e difícil)
Onde algumas vezes eu perco e outras vezes ganho
E nest’hora alguém me atirará na cara:
- Por que você não joga com um ser humano de verdade,
feito de carne e osso?
Ao qu’eu o responderei:
- Até que eu jogaria, e com prazer, se eu encontrasse alguém
Mas, como eu não encontro ninguém, jogo contra uma “máquina inteligente”
E então ... eis o atual “admirável mundo novo”
Com sua avançada tecnologia
Um mundo fantástico
Que nos tempos d’outrora ninguém imaginava que haveria
Um mundo que até poderia ser chamado de “mágico” ou “surreal”
Um mundo diferente, não há dúvida
Ou você prefere viver na “idade da Pedra”?
Mas a verdade é que, apesar de tantos avanços,
ainda estamos muito distantes da “última fronteira”
ou do derradeiro horizonte
Isso mesmo, enquanto existir “tempo” e “espaço”
haverá sempre outros [horizontes]
E outra inegável verdade é saber que muitos prefeririam, sim,
a “Inteligência Artificial”, acredito porque usam pouco a
própria inteligência
Do mesmo modo que muitos já trocaram o mundo real
pelo mundo químico e psicodélico das drogas
ALGUMAS PERGUNTAS PARA MEDITAR
* A Inteligência Artificial tem “alma”?
* Se não tem, por que nós [que temos e somos almas] estamos
com medo dela?
* A Inteligência Artificial tem “livre arbítrio”?
* Ela pode “pecar”?
* Ou ela pode “escolher”?
* Ou até mesmo “duvidar”?
* Ela pode “sonhar”?
* E ela pode ser “feliz”?
* E, sobretudo, ela pode “amar”?
* Em que condição que ela pode ser realmente perigosa?
* Alguém acredita que ela poderá substituir o Homem em tudo?
Pois bem, se pedíssemos à “Alexa” ou ao “Ok Google” para recitar
um poema de Fernando Pessoa ambos iriam em seus bancos de dados
ao que em poucos segundos seria declamado algum
Mas, se pedíssemos para a Alexa criar um poema eu duvido que
tal proeza ela realizaria
E por quê?
Simplesmente porque os chamados “assistentes virtuais” não têm
(e muito menos são) uma “alma criadora”
E, aproveitando Fernando Pessoa, é como ele dizia:
“Viver não é necessário; o que é necessário é criar”
O máximo que a Inteligência Artificial pode fazer é processar
uma análise combinatória a partir dos dados que possui
Escolher ... duvidar ... sonhar ... amar ...
Oh! se a “Inteligência Artificial” for criada “à imagem e semelhança
do homem" [que é “imagem e semelhança de Deus”] poderá, sim ...
Escolher ... porque terá também co’ela o “livre arbítrio”
Duvidar ... já que é uma “entidade pensante e questionadora
Sonhar ... porque teria também anseios e aspirações
Amar ... já que teria [e seria] uma alma
Já que teria também ... um coração
E, quanto a condição se pode ser [para alguém] perigosa
a resposta é simples:
O perigo haverá se alguém substituir [e, portanto, trocar], a “vida
real” por ela (a “Inteligência Artificial”)
No filme “Her” (Ela) foi dado esta mensagem, onde o personagem
principal, interpretado pelo ator Joaquin Phoenix, se apaixona pela voz
de um sistema virtual computadorizado
Bom, convido o leitor a assistir ao filme
Pois é!
Os tempos da I.A. (Inteligência Artificial) chegaram
Desta que fincou sua bandeira ... no mundo
E assim, o futuro ... chegou
Onde o que antes era possível, hoje se faz realizável
E de forma veloz e fácil
E o que antes seria utopia (a que antes muitos duvidavam
e até riam no que achavam que seria ficção e impossível “fantasia”)
hoje é “real”
No que podemos dizer que “impossível” seja talvez
[e somente] uma “limitação de tempo”
O qual transcendido [este] já não será mais “impossível”
E o mesmo diz respeito ... a “milagres”
Milagres da Ciência, da Medicina, da Comunicação, dos movimentos
Que embora longe chegamos, temos muito a caminhar
E que o Super-Homem de Nietzsche ainda está muito longe de ser Deus
No que somos e seremos sempre Dele dependentes e jamais superiores
Bom, e depois de tudo o que foi dito eu lhe pergunto:
Você considera a “inteligência Artificial” um “mal”?
Ao qu’eu respondo:
Um mal em si, não
O mal pode advir de como ela é ou será usada (como qualquer outra coisa)
E para finalizar:
Você tem medo da “Inteligência Artificial”?
Eu não!
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 02 de julho de 2023
IMAGENS: INTERNET
ANEXO CONHECIDA MÚSICA DOS BEATLES FEITA COM O USO DA I.A. (INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL):
Freddie Mercury cantando Yesterday con inteligencia artificial
https://www.youtube.com/watch?v=_UeEBvnp-nI
Comercial VW 70 anos - Maria Rita e Elis Regina com Inteligência Artificial
https://www.youtube.com/watch?v=5h0pG0pR8Vw
*************************************
FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
VOCÊ TEM MEDO DA “INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL”? EU NÃO
Não, não, não ...
Mas não mesmo
Não irei [aqui] fazer um discurso apocalíptico a respeito da I.A (Inteligência Artificial)
(Como muitos estão fazendo!)
Não “entrarei na onda” do momento, não
De form’alguma
Mas não mesmo
Não vou ficar falando (como tantos) que a (Inteligência Artificial)
é um sinal visível do “final dos tempos”
Ou que as trombetas do apocalipse se fazem ouvir na Terra
Anunciando o fim da humanidade
Ou que s’escreve nest’hora o último capítulo de nossa História
A ficar gritando para todos os cantos coisas assim:
- O "armagedom" chegou, as forças e o exército do mal estão aqui
e querem nos derrotar, salve-se quem puder,
Deus tenha misericórdia de nós
Nada disso
Longe de mim em querer colocar medo e pânico nas pessoas
Contudo, falarei, sim, o qu’eu penso a respeito da Inteligência Artificial
de forma lúcida, e, portanto, racional
A ter meus “pés no chão”
Vamos lá, então? ...
Inteligência Artificial?!
Não, não vejo [nela] nada de mal
Já vivemos (e não é d’agora) muito n’um universo cibernético e virtual
A que faz e se cria ... em nosso favor
(Dentro deste nosso mundo que chamamos ... de “real”)
E seria ignorância por parte d’alguém caso este acreditar que
não vivemos [por demais] ... “artificialmente”
(Em praticamente tudo)
Principalmente nas relações de convivência
(Inclusive a sós, cad’um consigo mesmo)
Considerando que quase todas as nossas identidades são falsas
E que por alguém nos foram dadas (influência social)
Ou, principalmente, pelo fato de que não vivemos a sua essência
Se preferimos ser “mentes vestidas” é porque não aceitamos nossa “nudez”
O que nos torna “falsos”, a negar nossa verdadeira natureza
E, portanto, somos [sem sombra de dúvida] ... “artificiais”
E por quê?
A resposta é simples:
Usamos de artifícios o tempo todo
E com mil disfarces
E o fazemos “naturalmente”
Como a se dizer: até mesmo de forma inconsciente
Seja para obtenção de algo (ganho pessoal)
Ou para sermos notados
Ou visando nossa autoproteção (como mecanismos de defesa)
Somos “artificiais”
Verdade seja dita
A começar da “identidade religiosa” de cad’um
Já que todos praticamente têm uma
Serei mais claro:
Ninguém vive sua religiosidade de forma autêntica
Seja ela qual for
E isto vale tanto para os que se dizem “não- praticantes”, como,
e sobretudo, para os que se afirmam [vaidosamente] conservadores
E são [n’orgulho de sua insensatez] ... ridículos fundamentalistas
Estes vivem, na verdade, somente na “superfície” de suas religiões
Vivendo somente uma “religião de fachada” (“farisaicamente”)
Ou, n’uma única palavra: “artificialmente”
E Deus para ninguém ... é “real”
Ou, pode-se afirmar: não é nada
No que isto digo em função do “ateísmo prático”
a ser visto no cotidiano de, pode-se dizer, todos
As relações humanas são inegavelmente “artificiais”
Onde o que mais se respira no mundo é o “ar da hipocrisia”
O gás carbônico da artificialidade
Ou resumindo tudo:
As pessoas não vivem de forma “autêntica”
São artificiais o tempo inteiro
São falsas ...
Oh! E nest’hora muitos dizem que estão com medo da chamada I.A.
(Inteligência Artificial)?!
Ah! Façam-me o favor!
Bom, foquemos diretamente na I.A. (Inteligência Artificial),
que é o nosso assunto em pauta:
Pergunto-vos: para você, o que ela é e o que de fato significa?
Você acha que ela nasceu somente “agora”?
Pois eu digo que não
A Inteligência Artificial é uma “novidade antiga”
E não se trata d’um paradoxo
Ao que ela já existia “em estado de evolução”
Ou na imaginação criadora [de tudo o que há]
De sua imagem que já s’havia precocemente ... na Arte
Aliás, tenho para mim que só podemos imaginar o que é “possível”
Estão duvidando?
Pois bem, alguém se lembra do personagem “Robô” da antiga série
“Perdidos no Espaço”?
Aquele mesmo que participava da vida da “Família Robinson”,
e que dizia quando precisava para alertar: “perigo, perigo”?
Pois é! Ele era um exemplo (embora fictício) de “Inteligência Artificial”
Bem como o Robô “Tars” do incrível filme “Interestelar”
E se voltarmos no tempo ainda veremos a empregada doméstica dos “Jetsons”
Da série de desenho animado “The Jetsons”, cujo nome era “Rose”
Enfim, todos são exemplos de “Inteligência Artificial”
E hoje temos a “Alexa”, que é uma “assistente virtual”
Bem como o "Google Home" ("ok Google”), que é o qu’eu tenho em minha casa
Onde podemos fazer [a eles] inúmeras perguntas a fim de obtermos
informações, notícias, podendo servir também como interações
com dispositivos de casa, etc.
E ter sobre eles o controle total, sob o comando de nossa voz
ou mesmo via celular
Bem, falando sobre Inteligência Artificial não há como esquecer a
“inteligência robótica”
E aqui, acredito, que deve estar a preocupação atual
Esta que está mexendo com as pessoas
Que, embora, usem pouco (ou quase nada) o cérebro,
estão com medo de perdê-lo ... para a Inteligência Artificial
No que muitos estão acreditando que a Inteligência Artificial irá
substituir o ser humano
Será?
Então, não é errado dizer que muitos são por demais “misoneístas”,
ao que têm medo de qualquer novidade
E deste modo são também “conservadores” [e apegados a qualquer
modelo antigo]
E nest’hora eu pergunto a ti:
- Você tem medo da “Inteligência Artificial” ou mesmo da “inteligência
robótica”?
Eu não, meu amigo (minha amiga)
Ao qu’eu digo que estou tranquilo e totalmente calmo quanto a isto
Falando um pouco sobre a “inteligência robótica”:
Analisemos um exemplo:
Fazendo uma viagem no tempo alguém se lembra de como eram
antigamente os bancos?
Sim, n’aquele tempo que não havia “caixas eletrônicos”
N’aqueles tempos que ainda não existia cartões eletrônicos?
Pois é! Os bancos ficavam lotados, com suas filas numerosas
A exibir com frequência um inegável desconforto aos clientes
Isso sem falar no perigo de carregar dinheiro vivo nas carteiras ou bolsas
E eis que vieram em cena, então ... os “caixas eletrônicos”
Que, de fato, substituíram muitos “caixas humanos”
E é onde eu quero chegar:
Muitos bancos optaram em fazer o PDV (programa de demissão voluntária)
Já que muitos de seus serviços iriam ser executados por máquinas
ou sistemas informatizados
Mas, será que são todos que se revoltaram com a substituição do Homem
pela máquina?
Pois eu afirmo que muitos gostaram da ideia
É verdade!
Não somente os bancos, como também o Governo
E qual a razão da felicidade destes?
Vejamos bem, raciocine comigo:
Caixa eletrônico não recebe salário mensal, não tira férias, não desfalca
o banco em casos de licenças médicas (ou de maternidade),
não pede aumento de salário, não tem amparo de sindicatos,
não faz greve, não recebe décimo terceiro, salário família,
depósito em FGTS, não leva a empresa na Justiça para questões
processuais, não reivindica nem reclama por direitos (de nada),
não protesta por cois'alguma (estando sempre "calado")
e por aí vai ...
E, sobretudo, para a alegria do Governo, caixa eletrônico não recebe
pagamento de aposentadoria quando “esgota seu prazo de serviço"
Isto é: quando para de "trabalhar"
O máximo que terá em termos de despesa será com relação
à sua manutenção
Entenderam agora porque nem todos se revoltam com a
inteligência robótica?
Tem muita gente saindo ganhando com a “inteligência robótica
Querem ouvir mais?
Lembram da empregada doméstica Rose, dos Jetsons?
Hoje tem as faxineiras robôs [que fazem o serviço dela]
(Que é sonho de qualquer dona de casa)
E se a dona de casa se sentir um pouco isolada do marido [o qual fica
muito tempo fora] e se sentir carente ainda pode contar
com os vibradores íntimos, que, é sabido, realizam o papel [do homem]
muito bem com relação à “penetração” e estímulo ao orgasmo
Uma forma de vingar muitas vezes do marido quando este diz que
voltará tarde para casa, alegando estar trabalhando,
quando na verdade está levando “a outra” para o motel,
ou mesmo parte para as aventuras virtuais de ficar vendo filmes
eróticos no PC ou no celular (escondido da esposa, é claro)
Sendo assim, repito, nem todos se revoltam com a inteligência artificial
ou robótica
E na minha humilde opinião a Inteligência Artificial não irá substituir
de form'alguma o Homem
Sim, não há razão para todo este desespero e alarde
Vejamos bem:
Antes dos carros as pessoas andavam a cavalo
Oh, nostálgicos tempos d’outrora [que não voltam mais]!
E quando foi criado o carro eu acredito que nenhum filho de uma égua
ficou triste ou revoltado quando via os carros nas ruas,
ou se angustiou quando soube da ideia que seria por eles substituídos
Estimado leitor, o mundo se transforma o tempo todo
E se houve um tempo em que surgiu a chamada “Revolução Industrial”,
hoje é a “Revolução Tecnológica”, n’um período em que a informática
tomou conta de todos os espaços
A nos convidar a “falar uma nova língua”
De maneira que possamos nos “adaptar” à nova realidade
Resumindo:
É assim que a banda toca, mudando constantemente seus ritmos e acordes
Tal como a mensagem daquele best seller “Quem Mexeu no Meu Queijo?”
Meu prezado, nós usamos a Inteligência Artificial e robótica o tempo todo
Seja para fazer uma transação bancária [num caixa eletrônico ou celular]
Como em casa (em muitos utensílios domésticos), ou no trânsito (como GPS)
Dentre inúmeros aplicativos (sobretudo de celular)
E também para diversão
Eu, por exemplo, gosto de jogar xadrez e damas tanto no celular quanto no PC
Sendo praticamente todos os dias
E digo mais: eu só jogo com o chamado “nível difícil”
(A se saber que existem três níveis: fácil, médio e difícil)
Onde algumas vezes eu perco e outras vezes ganho
E nest’hora alguém me atirará na cara:
- Por que você não joga com um ser humano de verdade,
feito de carne e osso?
Ao qu’eu o responderei:
- Até que eu jogaria, e com prazer, se eu encontrasse alguém
Mas, como eu não encontro ninguém, jogo contra uma “máquina inteligente”
E então ... eis o atual “admirável mundo novo”
Com sua avançada tecnologia
Um mundo fantástico
Que nos tempos d’outrora ninguém imaginava que haveria
Um mundo que até poderia ser chamado de “mágico” ou “surreal”
Um mundo diferente, não há dúvida
Ou você prefere viver na “idade da Pedra”?
Mas a verdade é que, apesar de tantos avanços,
ainda estamos muito distantes da “última fronteira”
ou do derradeiro horizonte
Isso mesmo, enquanto existir “tempo” e “espaço”
haverá sempre outros [horizontes]
E outra inegável verdade é saber que muitos prefeririam, sim,
a “Inteligência Artificial”, acredito porque usam pouco a
própria inteligência
Do mesmo modo que muitos já trocaram o mundo real
pelo mundo químico e psicodélico das drogas
ALGUMAS PERGUNTAS PARA MEDITAR
* A Inteligência Artificial tem “alma”?
* Se não tem, por que nós [que temos e somos almas] estamos
com medo dela?
* A Inteligência Artificial tem “livre arbítrio”?
* Ela pode “pecar”?
* Ou ela pode “escolher”?
* Ou até mesmo “duvidar”?
* Ela pode “sonhar”?
* E ela pode ser “feliz”?
* E, sobretudo, ela pode “amar”?
* Em que condição que ela pode ser realmente perigosa?
* Alguém acredita que ela poderá substituir o Homem em tudo?
Pois bem, se pedíssemos à “Alexa” ou ao “Ok Google” para recitar
um poema de Fernando Pessoa ambos iriam em seus bancos de dados
ao que em poucos segundos seria declamado algum
Mas, se pedíssemos para a Alexa criar um poema eu duvido que
tal proeza ela realizaria
E por quê?
Simplesmente porque os chamados “assistentes virtuais” não têm
(e muito menos são) uma “alma criadora”
E, aproveitando Fernando Pessoa, é como ele dizia:
“Viver não é necessário; o que é necessário é criar”
O máximo que a Inteligência Artificial pode fazer é processar
uma análise combinatória a partir dos dados que possui
Escolher ... duvidar ... sonhar ... amar ...
Oh! se a “Inteligência Artificial” for criada “à imagem e semelhança
do homem" [que é “imagem e semelhança de Deus”] poderá, sim ...
Escolher ... porque terá também co’ela o “livre arbítrio”
Duvidar ... já que é uma “entidade pensante e questionadora
Sonhar ... porque teria também anseios e aspirações
Amar ... já que teria [e seria] uma alma
Já que teria também ... um coração
E, quanto a condição se pode ser [para alguém] perigosa
a resposta é simples:
O perigo haverá se alguém substituir [e, portanto, trocar], a “vida
real” por ela (a “Inteligência Artificial”)
No filme “Her” (Ela) foi dado esta mensagem, onde o personagem
principal, interpretado pelo ator Joaquin Phoenix, se apaixona pela voz
de um sistema virtual computadorizado
Bom, convido o leitor a assistir ao filme
Pois é!
Os tempos da I.A. (Inteligência Artificial) chegaram
Desta que fincou sua bandeira ... no mundo
E assim, o futuro ... chegou
Onde o que antes era possível, hoje se faz realizável
E de forma veloz e fácil
E o que antes seria utopia (a que antes muitos duvidavam
e até riam no que achavam que seria ficção e impossível “fantasia”)
hoje é “real”
No que podemos dizer que “impossível” seja talvez
[e somente] uma “limitação de tempo”
O qual transcendido [este] já não será mais “impossível”
E o mesmo diz respeito ... a “milagres”
Milagres da Ciência, da Medicina, da Comunicação, dos movimentos
Que embora longe chegamos, temos muito a caminhar
E que o Super-Homem de Nietzsche ainda está muito longe de ser Deus
No que somos e seremos sempre Dele dependentes e jamais superiores
Bom, e depois de tudo o que foi dito eu lhe pergunto:
Você considera a “inteligência Artificial” um “mal”?
Ao qu’eu respondo:
Um mal em si, não
O mal pode advir de como ela é ou será usada (como qualquer outra coisa)
E para finalizar:
Você tem medo da “Inteligência Artificial”?
Eu não!
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 02 de julho de 2023