E, Ele se Jogou...
E, Ele se Jogou...
Era tardezinha quando seus pensamentos foram o visitar, em seu silêncio, uma voz interagia com certa profundidade.
Ela era boa? Se não! Com certeza insistia na ideia.
Era má? Sua mente custava crer, enquanto a mesma defendia outras possibilidades no ato atual.
Na face, a vontade de chorar, embora, a dureza desta repreendia tal desejo sufocando-o. Eram tantos os motivos a escolher, era uma saída para um mundo sem entrada. Olhava o viaduto, os prédios, a gilete na mão, tantos objetos chamando-o a agir, mas, ele, dava graças a se pegar em algo. Sua filha a quem amava, sua nova amizade literalmente se tornará digna de seu apreço, e, quando pesava na balança, a vida era vitoriosa.
Então, ele pulou...
De sua janela para a sala.
Do prédio para sentar e admirar a lua.
Do viaduto para a passagem de pedestre.
Da morte para a vida com preços a pagar.
Sendo senhor de suas atitudes, ele, ao perceber a merda que estava pronto para fazer, como todos em seu desespero faz... Ele se jogou.
Texto: E, Ele se Jogou...
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 01/07/2023 às 16:56