Nossa psiquê (ou o que posso dizer)

E se o que se pensa fosse resultado de nossa mais elementar manifestação irresponsável de nossas primeiras impressões. Seríamos seres puníveis ou vítimas infantis dos nossos primevos impulsos?

Nesse aspecto, onde colocaríamos os três "atores" de nossa psiquê? Colocaríamos o Id confinado num parque de diversões por toda eternidade, tal qual, Sizifo montanha acima para logo tê-la que escalar novamente, num movimento ininterrupto? E o Super-ego, o fiscal, o vigilante que, tanto quanto ao juiz que julga e sentencia, fica como se numa emboscada, ou tal qual um conselheiro, ficasse sempre disposto a apontar o melhor caminho? Terá o Super -ego essa função como se longe do seu olhar nada segue em sua própria harmonia? Não posso esquecer do coitado do Ego. Pobre criatura. A todo tempo anda como estivesse na corda bamba ou à beira do precipício. Pobre Sujeito. Vive como se andasse em campo minado. Lidar com a dureza e as vicissitudes da vida, lhes obrigam estar sempre atento. É como se, à menor distração, todo o edifício psíquico viesse abaixo. É como se tudo implodisse.