Tolo Irmão.

Tolo Irmão.

Ele, uma criança boa, com um mundo correndo entre seus dedos cada vez que rabiscava um papel com as tintas da imaginação, ou, criando traços com um simples lápis. Com versos reais, imaginários, de conteudos temáticos sobre o amor, sobre seus amores, sobre suas fantasias surreais, até, sobre o divino ser, que, incidia sobre si, em si. Nessa incessante busca pelo Graal chamado Deus, deixava claro em suas escritas, a procura, embora, sempre soubera onde encontrar...

Recebera muitos nomes em vida, tantos quanto podia ser registrado no cartório de sua vivência, muitas vezes, perdendo-se, encontrando-se, esquecendo-se, sempre ao longo desta encruzilhada. Na infância, "Favor" era o principal, fazia de tudo, desde encerar a casa, até, comprar um cigarro para suas irmãs, sentia-se feliz prover tais caprichos aos senhores (as) em questão. Pelo tratamento, reconhecido como o melhor dentre, não sabia, ou, não queria saber, sobre a falsidade dos mesmos lábios, que, incessantemente o elevava. Tendo a alma Siciliana, nunca pensara que, fosse ser jogado fora por tão pouco, por muito, ou, por se rebelar, por não dizer sim a todo instante pra tudo que pediam, na dose excessiva da confiança, era manipulado pelos outros, e, sem perceber, minava sua pessoa...

Dinho, Favor, Inho, decididamente foi um tolo em seu saber, um sábio em sua tamanha ignorância, uma ferramenta de uma família, arquitetas em tantas engrenagens. O tempo passou, mais nada aprendeu, cativo da palavra família, que, o todo poderoso dizia na Bíblia ser obra sagrada, fiel a esse blá, blá, blá, foi pelo seu nome, um dito em vão...

Quando este começou a trabalhar com sua mãe, fazendo Bijuterias, recebendo uma merreca como salário, cobrado numa porcentagem maior, sem ter adquiro nenhum respeito, a vó dele, conversando com um amigo pediu a chance de empregar ele, assim foi feito, ele prontamente foi correndo falar com sua mãe, ainda acreditando ser. A alegre notícia do emprego, que, foi recebido com as costas sem palavras, mesmo assim ele foi, ganhando bem, ele comprou alguns sonhos nunca dado anteriormente, já que, tudo que fazia nada era esplendoroso, tudo era perca de tempo, a não ser se alguns deles precisassem de algo dele, ai sim, ele ouvia:

- Ele é um bom menino.

- Você é um artista.

- Por que não faz um livro. Etc...

Mas, na maioria do tempo, ouvia a devida frase até hoje:

- Você não vai conseguir!

Contudo, de certa forma o fez ser desbravador, corajoso, brigão, etc. por, e, para mostrar que consegue. Você que me lê, deve pensar:

- Como este garoto é abestalhado, tolo, sem personalidade, por querer provar!

Talvez você tenham razão. Ele é um menino, que, passou muito tempo, e, ainda se pega querendo ouvir dos seus um reconhecimento verdadeiro, mesmo ele sabendo seu real valor, apesar de inúmeras vezes visto seus sonhos na lama, então, ele pegava-o, sacudia-o, limpava-o na calça, e, voltava a reformular-o em outras folhas, porém, nunca aprendera o erro, voltando a velhas falhas...

... A de esquecer os outros, para se lembrar dele.

Texto: Tolo Irmão.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 26/06/2023 às 12:37

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 26/06/2023
Código do texto: T7822734
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