Tenho em mim uma ingenuidade incurável
Há em mim esperança nas esperas desesperadas
E crença nas fantasias reais
Há em mim amor nas coisas nulas e vãs
Paixão na natureza rasa
Alegria na morbidez consciente
Há em mim um riso leve sobre o conforto indecifrável
Uma euforia no que se espera
E a inevitável frustração no que não se fez
Há em mim crença no que "pode ser"
E esperança no que "pode não ser"
E ingenuidade em buscar o que "não pode ser"
E entre incertezas e incertezas
Essa incurável ingenuidade
À vida
Me leva.