COMO É A MENTE D’UM CONDENADO À MORTE EM SEU ÚLTIMO DIA?

 

E proferida fora a sentença condenatória e máxima contra o réu

D’àquela que seria irrevogável

Tal como que sentenciado fosse por uma doença incurável e mortal

E não adiantava suplicar

 

Mas eis que de luto por um dia s'encontrava o presídio

No que suspenso estava também ... tudo em suas atividades

Inclusive as execuções

 

E de alívio suspirava, então, o condenado à morte

Justamente aquele a que seria o seu último dia ... de vida

O executor e, portanto, carrasco d’ali sofrera um fulminante infarto

Aquele a quem pela manhã dera o seu último suspiro

 

D’angústia de quem conta suas horas, oh! ...

(E não haveria quem destarte seja nest’hora?)

Como a quem no tempo agoniza (ainda que saudável esteja)

Todavia já sente a presença d’àquela que seria certa: a morte

A saber que logo mais não verá cois'alguma neste mundo

Sim, mais nada

 

E assim não viverá o tempo que julgava antes por muito a que o teria

Os dias vindouros a que todos os têm por certo

É verdade, não são praticamente todos ... assim?

 

Oh! Revoltaria alguém se soubesse que hoje seria o seu último dia?

“Quantos dias ainda restam ao vosso servo, ó Senhor?”

Ao que co’estas palavras perguntava (ou para si indagava) o salmista

 

Condenados à morte!?

Todos ... somos

Contudo, presunçosos em acreditar que hoje não morreremos

Jamais

E contamos sempre ... com o dia seguinte

E com o outro ... e com outros ... e mais outros

Enquanto há vida (como se diz) ... há esperança

E um dia de vida é muito para quem se acha ... no “corredor da morte”?

Certamente

 

Mas, e então ...

O que passa na cabeça d’um condenado à morte no dia de sua execução?

Ou o que se passa na mente de quem aproximar à sente?

Sim, para aquele cujo tempo está em “marcha ré”?

Contaria suas horas?

Ou melhor, seus minutos?

Ou um minuto seria [par’ele insignificante]?

Não creio

Quais seriam seus pensamentos?

Seriam as tolas preocupações que [a cada dia] todos têm?

Ou se desesperaria?

Como você “aproveitaria” o seu derradeiro dia (se soubesse)?

 

E então, como disse, eis que de alívio suspirava aquele preso

Da morte de seu carrasco a ser par’ele ... um pouco de ... vida

Ou, pelo menos, um dia a mais ... para se viver

Nest’hora em que se conclui que vida é sinônimo de ... tempo

 

Tempo!

Tempo é ... vida

Não se pode desperdiçar ... tempo

Desperdiçar ... tempo [ou mal usá-lo] ... é perdê-lo

A se concluir que perder o tempo ... é desperdiçar ... a vida

 

Ah! Maldito orgulho ...

De se crer [alguém] que terá “sempre” tempo

Ou de achar que não será hoje ... que morrerá

Ou que, por ser rico e milionário, pode se dar ao luxo de “viver de

qualquer jeito”, ou mesmo a se ter o direito de colocar a vida em risco

A também acreditar que só por ter dinheiro de sobra pode inclusive,

“comprar tempo”?

Oh! quantos “caíram do cavalo” no que enganados foram por este credo?!

 

Queres, pois, ver um condenado à morte?

Olhe para o espelho

 

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 25 de junho de 2023

 

IMAGENS: INTERNET

 

MÚSICA: “O ÚLTIMO DIA” – Paulinho Moska

https://www.youtube.com/watch?v=V-2LS3lXQls

https://www.youtube.com/watch?v=2TYl2rGRncI

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

COMO É A MENTE D’UM CONDENADO À MORTE EM SEU ÚLTIMO DIA?

 

E proferida fora a sentença condenatória e máxima contra o réu

D’àquela que seria irrevogável

Tal como que sentenciado fosse por uma doença incurável e mortal

E não adiantava suplicar

 

Mas eis que de luto por um dia s'encontrava o presídio

No que suspenso estava também ... tudo em suas atividades

Inclusive as execuções

 

E de alívio suspirava, então, o condenado à morte

Justamente aquele a que seria o seu último dia ... de vida

O executor e, portanto, carrasco d’ali sofrera um fulminante infarto

Aquele a quem pela manhã dera o seu último suspiro

 

D’angústia de quem conta suas horas, oh! ...

(E não haveria quem destarte seja nest’hora?)

Como a quem no tempo agoniza (ainda que saudável esteja)

Todavia já sente a presença d’àquela que seria certa: a morte

A saber que logo mais não verá cois'alguma neste mundo

Sim, mais nada

 

E assim não viverá o tempo que julgava antes por muito a que o teria

Os dias vindouros a que todos os têm por certo

É verdade, não são praticamente todos ... assim?

 

Oh! Revoltaria alguém se soubesse que hoje seria o seu último dia?

“Quantos dias ainda restam ao vosso servo, ó Senhor?”

Ao que co’estas palavras perguntava (ou para si indagava) o salmista

 

Condenados à morte!?

Todos ... somos

Contudo, presunçosos em acreditar que hoje não morreremos

Jamais

E contamos sempre ... com o dia seguinte

E com o outro ... e com outros ... e mais outros

Enquanto há vida (como se diz) ... há esperança

E um dia de vida é muito para quem se acha ... no “corredor da morte”?

Certamente

 

Mas, e então ...

O que passa na cabeça d’um condenado à morte no dia de sua execução?

Ou o que se passa na mente de quem aproximar à sente?

Sim, para aquele cujo tempo está em “marcha ré”?

Contaria suas horas?

Ou melhor, seus minutos?

Ou um minuto seria [par’ele insignificante]?

Não creio

Quais seriam seus pensamentos?

Seriam as tolas preocupações que [a cada dia] todos têm?

Ou se desesperaria?

Como você “aproveitaria” o seu derradeiro dia (se soubesse)?

 

E então, como disse, eis que de alívio suspirava aquele preso

Da morte de seu carrasco a ser par’ele ... um pouco de ... vida

Ou, pelo menos, um dia a mais ... para se viver

Nest’hora em que se conclui que vida é sinônimo de ... tempo

 

Tempo!

Tempo é ... vida

Não se pode desperdiçar ... tempo

Desperdiçar ... tempo [ou mal usá-lo] ... é perdê-lo

A se concluir que perder o tempo ... é  desperdiçar ... a vida

 

Ah! Maldito orgulho ...

De se crer [alguém] que terá “sempre” tempo

Ou de achar que não será hoje ... que morrerá

Ou que, por ser rico e milionário, pode se dar ao luxo de “viver de

qualquer jeito”, ou mesmo a se ter o direito de colocar a vida em risco

A também acreditar que só por ter dinheiro de sobra pode inclusive,

“comprar tempo”?

Oh! quantos “caíram do cavalo” no que enganados foram por este credo?!

 

Queres, pois, ver um condenado à morte?

Olhe para o espelho

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 25 de junho de 2023

Carlos Renoir
Enviado por Carlos Renoir em 25/06/2023
Reeditado em 25/06/2023
Código do texto: T7821879
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