I-XCVI Jaezes de vida e morte
Ao cairmos no mundo passado, onde nos fez vítimas ao acaso,
pisamos e criamos laços, que, mais longe do que vi,
serviram de apoio ao alvoroço dos outros:
Queriam ter-nos separados! Parte exilada aos muros,
ao outro coração, cuidariam os corruptos.
Alegrei-me por momentos quando vivíamos às espreitas.
Era pelo reflexo do rosto, pelo jeito e afeição,
nos inspiravam sermos vítimas da paixão que,
de imediato, senti-me afim, sendo tudo por mim:
Era minha a cova e a carcaça, a lona de sangue encharcada,
a esperança já fragilizada, a vontade de ser nada.
Era cada vento algum pranto, todos vamos perdendo alguns planos.
Queria ter na vida mais vergonha fundamentada,
mais cautela entre as falas, pois perdi-me nas palavras.