Expurgo
Fui induzida mas por necessidade.
Quem me induz não me conduz, só me instrui para depois me analisar.
Não sei quem mas farão.
E enquanto isso eu sou rio, sou mar,
Sou cachoeira
Tudo por dentro
Água lavando minhas memórias, minhas (des)ilusões.
Mente resiste, são as rochas. Faz parte. E nutrem com seus minérios.
Águas que fluem e eu que as perco enquanto me lavam por dentro
E eu lavo memórias
Auto cobranças, auto exigências, auto controle. Flui água por tudo, anus, uretra, olhos, boca, vulva, flui sangue.
Me esvaio...
Me expurgo.
Quero seguir expurgando tudo o que, fora, não me acrescenta.
Para nunca mais precisar expurgar o que, dentro, me complementa.