SENSO AO AR CONTEMPLO
Eu olho pro mundo
Observo o horizonte
Uma transição acontece
Diante dos meus olhos
Um vento flui na atmosfera
E parece que um manto de tristeza
Impele contra meu ser
Busco situações mantidas na mente
São coisas do passado
Fatos decorridos de outrora
Uma força vem do interior do meu ser
Como se castigasse minha essência
Como se abalasse a estrutura
Tudo que fundamente o meu ser
Meus olhos entristecidos
Parecem se ver em um confronto
Onde presente e passado
Exigem de mim
Coisas que não consigo controlar
Emoções afloram
Em minha face as lágrimas
Provocadas por pensamentos
Como se houvesse um mundo interior
Que ativasse em um conflito
Um guerra da memória contra a realidade
Exigindo o que não possa ser mudado
Pois o que passou, passou...
Se tornou fato
E não consigo consolidar
Que o presente seja aos olhos
A percepção aos tempos
E o importante é incontestavelmente
O presente ao presente
E além disso, nada importa
Além disso, tudo o é história
E ou perspectivas incertas no advir
E sinto lágrimas escorrerem por minha face
Me sinto tão pequeno
E tão grande ao mesmo tempo
Em mente uma vasta linha que emana
Com perspectivas para a progressão
E penso nos olhos inocentes
Nos traços de faces que me representam
Filhos e filhos dos filhos
É difícil compreender os desígnios da vida
Entender no quão essa força
Que me abala e parece me reconstruir
Redefine minha essência humana
Edifica com plausíveis inovações...
No horizonte percebo cores intensas
Enquanto o sol foge de minha visão entristecida
E sinto que uma força espiritual
Exige que eu continue
Que não seja plenamente abalado
Mas me refaça e siga, passo a passo...
Indo rumo ao horizonte
Viajando pelo mundo
Até onde meus olhos suportem a realidade
Na construção em linhas de fatos
No que defina minha passagem por esse mundo
Demonstrando e estendendo aprendizados...
Ao senso munido pra realidade...
Valendo dos verbos
Viver e conviver...
Acreditar e ser um ser...
De fato, válido para as percepções
Que estimem o meu tempo em vida, circunstâncias e ambientes
Onde me faça presente...
O brilho e a energia de algumas vidas
Isso tem sido o suporte
Que mantém acesa
A minha centralização humana
Concedendo viabilidade, meios
Para encarar o horizonte
E a obscuridade nas noites que surgem...
JGWelbor/CNS