POR ONDE ANDEI

Olhei para o copo, pensei em silêncio

Esse é meu último drink da noite

Segue outra dose, de sofrimento

Aposto um cigarro que você me entende

Eu olho nos olhos da noite

Eu sinto seu pulsar ainda quente

Eu sei que no fundo você queria

Estar perto o suficiente

Eu já não ando tão consciente

Meu peito e olhos parecem uma nascente

A água brota sem parar

Inunda tudo, não há quem possa controlar

A música ecoa no fundo

Parece uma sina recorrente

Eu ando cuspindo palavras

Logo mais deixo escapar

Entre as frestas dos dentes

Entre as frestas dos dedos

Passa minha certeza sem nunca acertar

Eu fico todo tempo a me questionar:

Será que estou muito atrasado, só espero que ainda de tempo...

Eu sei que andei errado mas, na real, eu não entendo

Por onde andei, enquanto eu tanto me procurava?

E será se não sou eu, o que todo esse tempo, te faltava?

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 15/06/2023
Código do texto: T7814567
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.