POR ONDE ANDEI
Olhei para o copo, pensei em silêncio
Esse é meu último drink da noite
Segue outra dose, de sofrimento
Aposto um cigarro que você me entende
Eu olho nos olhos da noite
Eu sinto seu pulsar ainda quente
Eu sei que no fundo você queria
Estar perto o suficiente
Eu já não ando tão consciente
Meu peito e olhos parecem uma nascente
A água brota sem parar
Inunda tudo, não há quem possa controlar
A música ecoa no fundo
Parece uma sina recorrente
Eu ando cuspindo palavras
Logo mais deixo escapar
Entre as frestas dos dentes
Entre as frestas dos dedos
Passa minha certeza sem nunca acertar
Eu fico todo tempo a me questionar:
Será que estou muito atrasado, só espero que ainda de tempo...
Eu sei que andei errado mas, na real, eu não entendo
Por onde andei, enquanto eu tanto me procurava?
E será se não sou eu, o que todo esse tempo, te faltava?