Parco Tempo

O que importa à Terra meu existir,

em meio a tanta podridão . . . serei

mais um . . . a destruir-me pouco a

pouco e virar, nada, apenas pó, só.

O que restará de mim, tão apenas

pó e só. Ninguém lembrará minha

existência, em parco tempo e, até

mesmo o pó, será tocado e levado

pelos ventos e expalhando-se por

muitas direções apagará vestígios

meus. O que serei eu então senão

o nada! Serei mais que nada antes

disso, crendo haja importância no

meu existir? A vida é fugaz e ainda

assim, fico viajando pensamentos,

sobre o ser ou não ser importante.

Que diferença isso faz!? . . . E qual

diferença faço, se até o que fiz e o

que, até aqui, faço restará, tão só,

pó e, nada mais, em parco tempo.