Falsas amizades II
É difícil entender como algumas amizades são tão falsas como uma nota de três reais. Não raras vezes, são amizades baseadas na utilidade, no status ou até mesmo na inveja. Se é que pode-se chamar de amizade. Por isso, é fácil concluir, que não é qualquer um que pode ser amigo.
Quando uma amizade é baseada na utilidade, é só deixar de ser útil que o fim é certo.
Com certeza os falsos amigos estão em maior número, com essa onda de individualismo que está difundida hoje. Já se aproximam de uma pessoa, por algum interesse predeterminado.
Não é fácil ter alguém com quem conversar, alguém que não use o que você disse, contra ti mesmo.
São raras as pessoas que suportam os piores defeitos de outra.
Muito comum e não menos irritante, é a questão da comparação de um com o outro. Quando uma pessoa julga estar em uma situação mais favorável do que outra, mostra toda a sua arrogância para diminuir e menosprezar o outro. Já no caso inverso, quando julga estar em uma situação menos favorável, demonstra sua inveja atacando o outro de modo a tentar deturpar o mérito alheio. E infelizmente isso é comum, julgar a vida alheia segundo seus próprios parâmetros.
Qual é o sentido disso?
Já ouvi dizer que ninguém é criticado por alguém de maior sucesso. A crítica geralmente vem de quem não tem tanto sucesso, e por isso tenta diminuir o brilho do outro. É fácil ser enganado pelos aproveitadores. São como vampiros que sugam tudo que podem de alguém e depois o descartam. E assim iniciam uma busca pela próxima vítima, num ciclo eterno.