O Chefe

Estive conversando com alguém que se converteu à igreja evangélica. Como era de se esperar, passada as conversas sociais de sempre, aquela famosa pergunta: se eu aceitava Jesus no meu coração. Parece que os evangélicos - não tenho nada contra a religião que cada um crê e professa - tem uma espécie de faro com resfriado, ou sei lá, uma crença qualquer que me escapa, que não temos Jesus no coração se não estamos dentro da igreja deles. Jesus virou monopólio agora? Eu O tenho no coração, mas sinceramente prefiro o pai dele, Deus. Com todo respeito a Jesus, prefiro fazer como sempre fiz na minha vida. Gosto de intermediários - eles são até legais - mas prefiro falar diretamente com o Chefe. Chefe pra mim é Deus. Gosto de Jesus. Como não gostar daquele que pregou a paz, o amor e a caridade? Todavia, Deus é mais heterodoxo: Ele abrange todos os segmentos religiosos, pois no final de contas, todos sempre remetem a Ele. Deus não está confinado, como Seus Filhos, a esta ou àquela religião. Aliás, espiritualidade está somente confinada a cada ser humano dentro daquilo que acredita ser espiritual. O grande mal do momento presente é a separação. Para isso, se for verdade, já existiu a Torre de Babel. Não precisamos continuar com ela.