LIBERDADE CONTRA A ALIENAÇÃO

Num tempo tão repleto de informações, notícias e apelos publicitários, é compreensível que boa parte do que nos chega se torna sem sentido e pouco atraente, principalmente quando se torna uma rotina o recebimento de bombardeios de conteúdos os mais variados. O tédio então não tarda a aparecer para mostrar a loucura de nossa sociedade tecnocêntrica: estruturada na velocidade e na ânsia do ter que dar conta de várias coisas ao mesmo tempo. E para vencer o tédio, inevitavelmente, cada pessoa encontra uma distração para superá-lo, tendo muito mais valor a busca por sensações superficiais para alimentar o campo das emoções. Em prol de um momento intenso, os seres humanos deixam de lado até mesmo as responsabilidades morais e os limites do bom senso, de tal maneira que chegam ao vale de suas próprias misérias e aos abismos do desespero. O que sobra a partir disso são as sequelas dos vícios. Estes prometem a princípio a plenitude e a satisfação plena; mas, por fim, só conseguem propiciar a ausência, o vazio e a carência. A plenitude da alma é o que boa parte dos seres humanos persegue, ainda que de forma ilusória. Todavia, quem busca a verdadeira plenitude, é aquele que atingiu um certo equilíbrio para ajudá-lo a não se conformar com a lógica de um sistema que acirra competições e fomenta ansiedades profundas; e também aprendeu a cultivar no seu ser a liberdade de espalhar a esperança e o amor num mundo onde as pessoas vivem em desesperança e diariamente em guerra de quase todos contra todos.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 08/06/2023
Reeditado em 08/06/2023
Código do texto: T7808682
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