COMPASSO...
Esse compasso me descansa e enlouquece,
Me relaxa e amedronta...
Me constrói e despedaça...
Leva-me a compreensão de um ritmo superior...
Me obriga a parar....
Me insufla a agir...
Me mostra-Me Deus...
Um Deus que Eu Sou...e um Deus que Não posso Ser...
Esse compasso...
Fala-me do poder, que não tenho...
E neste poder que me tira....presenteia-me.
Coloca-me diante do imenso poder do Universo,
De Deus...
E neste momento, vislumbro a maravilha que é o limite que me impõe
Rendo-me....
Este Deus que está em mim, nada É, sem o Deus que me compõe...
Uma justiça que vivencio, sinto...mas não entendo...
Pelo menos não do jeito que imaginava, entenderia...
Vivencio, vislumbro, Entendo
de uma forma que não posso explicar...
Muito embora, sinto, posso discernir...
E nesse discernimento toda a força e toda a fraqueza de
meu ser se desnudam...e o medo se esvai...
E o limite não é mais limite e o não poder é poder e o poder se
mistura com um não poder...
E nessa (aparente) confusão, encontro a paz!
(Valéria Trindade)