COMPASSO...

Esse compasso me descansa e enlouquece,

Me relaxa e amedronta...

Me constrói e despedaça...

Leva-me a compreensão de um ritmo superior...

Me obriga a parar....

Me insufla a agir...

Me mostra-Me Deus...

Um Deus que Eu Sou...e um Deus que Não posso Ser...

Esse compasso...

Fala-me do poder, que não tenho...

E neste poder que me tira....presenteia-me.

Coloca-me diante do imenso poder do Universo,

De Deus...

E neste momento, vislumbro a maravilha que é o limite que me impõe

Rendo-me....

Este Deus que está em mim, nada É, sem o Deus que me compõe...

Uma justiça que vivencio, sinto...mas não entendo...

Pelo menos não do jeito que imaginava, entenderia...

Vivencio, vislumbro, Entendo

de uma forma que não posso explicar...

Muito embora, sinto, posso discernir...

E nesse discernimento toda a força e toda a fraqueza de

meu ser se desnudam...e o medo se esvai...

E o limite não é mais limite e o não poder é poder e o poder se

mistura com um não poder...

E nessa (aparente) confusão, encontro a paz!

(Valéria Trindade)

Valeria Trindade
Enviado por Valeria Trindade em 16/12/2007
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