Por dentro
Pequenina árvore, seus frutos por certo
irão demorar, tempo para colhê-los não terei
deliciar-me à sua sombra, nem pensei!
Semearei amor, vez em quando, sombra darei,
o tempo será pacífico e acolhedor, a discórdia
não me alcançará, não quero guerrear,
em meu coração prevalece a paz, a esperança,
qualquer um ser de luz, no amor descansa.
A alma quando está cansada de aventuras,
procura lindas paisagens, sai voando por aí,
busca os melhores lugares para visitar...
há quem reconheça, onde existe este lugar.
Por dentro, o de melhor e de pior a alma carrega,
um mundo de ternura no desenrolar da vida,
o mundo prossegue, que não vença o ódio.
Vou regando de amor, as noites e os dias,
por vezes não colho flores, mas sim, espinhos.
Porque externamos, damos o que por dentro
sentimos; nesse curto sopro que é a vida,
o tempo despertou e disse: _ Colha, o que plantou.
Liduina do Nascimento