J a m a i s
Julgando sem ilusão, um antigo desejo contido,
do meu coração e da minha alma, algo se desprendeu
perdi, um pouco ou tudo da esperança que alimentei.
Por certo, eu não seria jamais quem um dia fui,
nem que eu quisesse, gosto de quem sou agora
o que quis ser, já nem sei, por pouco minha alma
já não chora.
Sinto saudades dos sonhos impossíveis
no que acreditei que pudesse um dia acontecer,
ah eram tantos sonhos!
Com eles,
de um jeito gostoso eu sempre ia dormir,
não seria o sonho de tocar as estrelas,
ou passar uma noite em marte.
Eram sonhos secretos, pontuais, de um tempo que
a vida sem piedade, chegou e me disse;
Realizar esse seu sonho? - Jamais.
Liduina do Nascimento