Desabafo.
A perda de um filho é uma das maiores dores que uma pessoa pode sentir na vida. É uma dor que não diminui com o passar do tempo e que acompanha a pessoa para sempre. Infelizmente, muitas pessoas não entendem a magnitude dessa dor e, muitas vezes, oferecem conselhos simplistas para tentar ajudar.
É comum ouvir frases como "não precisa se martirizar" ou "você ainda pode ter outros filhos", como se essas palavras mágicas pudessem curar uma dor tão profunda e intensa. É importante reconhecer que lidar com a perda. É um processo complexo e que cada pessoa lida com isso de maneira diferente.
A sensação é algo que não pode ser explicado em palavras. É uma mistura de tristeza, raiva, culpa e solidão que consome a alma. E, mesmo que a dor não seja tão visível após algum tempo, ela ainda está lá, latente, esperando para emergir quando menos se espera.
As pessoas que oferecem conselhos superficiais para tentar ajudar talvez não tenham passado por uma tragédia tão traumatizante, ou então simplesmente não entendem que não há solução rápida. Essas palavras de "consolo" superficiais podem até mesmo ser prejudiciais, pois desvalorizam o processo de luto e a dor que a pessoa está sentindo.
Essa situação é algo que marca a vida de alguém para sempre, e não há cura instantânea para essa dor. É preciso tempo, compreensão e apoio para lidar com essa situação de forma saudável e respeitosa. Portanto, é importante ser sensível e empático com aqueles que passam por esse momento difícil, e evitar dar conselhos simplistas que não levam em conta a gravidade da situação.
Eu observo que cada dia mais as pessoas entendem menos entendem os sentimentos e mais se apegam as futilidades de uma vida sem amor. Não desejo essa dor pra ninguém, muitas vezes um abraço vale mais que palavras robóticas e cruas.
Esse texto é um breve desabafo de palavras que recebi após o meu momento de dor e que infelizmente só entende de verdade é que infelizmente passou por isso em sua vida.
Te amo filho, treze anos de saudade.