"ENTRE A ARROGÂNCIA E A HUMILDADE"
Qual é o verdadeiro caminho do sucesso? O que é preciso fazer para atingir essa finalidade?
Ser resignado, humilde e paciente ou ser arrogante, prepotente e soberbo?
A princípio, essa indagação parece maniqueísta e extrema, sem direito a uma terceira opção.
Mas, afinal de contas, quem nunca se deparou em sua trajetória profissional, pessoal e social com esses dois extremos tão evidentes, materializados em pessoas e situações variadas?
Quem nunca pendeu para um lado mais compreensivo, moldado pelas circunstâncias, e em outro momento se mostrou com uma faceta mais autoritária e tirana?
A verdade é que os conflitos humanos se evidenciam pela teimosia e pela incapacidade que muitos têm em encontrar um consenso.
Problemas se intensificam porque poucos tentam respeitar as diferenças, enquanto, de seu turno, muitos fazem questão de escancarar as suas intolerâncias e maldades.
Os fatores que desencadeiam tantos litígios são inúmeros, não havendo uma equação matemática precisa: inveja, despeito, cólera, rancor.
Sentimentos negativos que impulsionam e dão energia e fôlego para aqueles que consideram que o caminho do sucesso é o da arrogância, da prepotência e da soberba.
Inegavelmente, muitos se dão bem na vida sendo assim, fazendo refletir na sua rotina comportamentos extremamente reprováveis e repulsivos.
Porém, outros são diametralmente opostos, sendo mais colaborativos, mais humanos e com mais empatia.
Não vejo como pleonasmo dizer que há pessoas humanas. Porque nem todas as pessoas são humanas. São apenas pessoas, acrescentadas pelos adjetivos mais deploráveis.
Independentemente de qualquer coisa, o caminho do sucesso não pode se basear tão somente em fatores materiais e imediatistas, bem como não pode ser percorrido apenas por caminhos tranquilos, serenos e cristalinos.
Há muita obscuridade nesse processo, e o caminho do êxito certamente nós fará se deparar com aqueles que efetivamente vão nos fazer sofrer com o seu egoísmo, com o seu desrespeito e com a sua falta de compreensão.
Mas, no final, tudo isso vai servir como lição de vida, numa demonstração de que valeu a pena passar por tantas provações.
E que cruzar com inimigos materializados em pessoas ou situações nos traz uma importante lição: a de valorizar as pessoas que realmente importam e a de cuidar muito mais do próprio progresso moral do que do progresso material.