AMIZADE
A amizade não pode ser definida como uma relação de interesse mútuo, sem afetividade... Uma troca de favores aviltado à condição do urgente-servir. Muitos se utilizam da seleção sob critérios bem definidos. O que acaba se configurando num preconceito. Antecipamo-nos ao que pode dar certo. Como se o importante fosse alimentar a ilusão. Isso é carência (...) Amizade é respeitar as diferenças e compreender o imperfeito. Há de se buscar inspiração naquilo que é puro. É se apaixonar todos os dias pelas pessoas que estão envelhecendo ao nosso lado. E a cada novo drama, um atestado de bem-querença. Uma prova que nos importamos com o outro. Amizade é solidão. É dor. É culpa. É perdão. É confiança. Amizade é comunhão. E que só o amor transborde para sempre.
---
A amizade não deve ser vista como uma relação de interesses mútuos, desprovida de afeto. Não é uma simples troca de favores, rebaixada à urgência do servir. Muitos escolhem amigos com base em critérios rígidos, o que frequentemente se transforma em preconceito. Antecipamos o que pode dar certo, como se o essencial fosse manter uma ilusão. Isso é carência, não amizade.
Amizade é, antes de tudo, respeitar as diferenças e aceitar o imperfeito. É encontrar inspiração na pureza dos gestos e se apaixonar, dia após dia, pelas pessoas que envelhecem ao nosso lado. A cada novo drama, renovamos o atestado de bem-querer, provando que nos importamos com o outro.
Amizade é solidão compartilhada. É dor, culpa, perdão e, acima de tudo, confiança. É uma comunhão profunda, em que apenas o amor é capaz de transbordar e perdurar para sempre.