VIRGINDADE ORTODOXA

Ortodoxa, a demonstração do agora entra, para ser um culto familiar do presente.

Ideias transfiguram crenças localizadas pelo ceticismo.

Descidas lideram a queda.

O possuir guarda a coletividade apegada aos toques transitórios.

A debilidade da iluminação adormece simultaneidades.

A infância da inércia energiza a juventude.

A imponência penetra o chão pisado pela rigidez da firmeza.

Relíquias doutrinam as ferramentas sobrenaturais.

A contemplação visual quantifica as visitas da ausência.

As observações substituem as percepções.

A morte apaga as vezes iguais ao futuro.

As dimensões do tudo assimilam o nada como inferior.

A estabilidade habita nos modos inacessíveis.

O valor esconde futilidades.

Os ângulos da vagueza direcionam olhares aos recônditos.

A hagiografia dos alicerces desconstróem as preciosidades das desonras.

O ter cuida das condições definitivas.

O poder do fim abandona individualidades.

Os segredos do desejo descrevem as iguarias das revelações incontidas.

Bondade e maldade roubam separações inclinadas à união.

A religião tutelar desperdiça conselhos.

Liturgias impermeáveis afundam a salvação.

O gerar nasce da mudança.

O negociar lucrativo materializa a mente inconsciente.

O sempre do haver liquefaz a espessura do sangue intensificado.

A saída entra no apoio das aberturas e das fechaduras.

O sono da virgindade desperta as purezas das vontades pornográficas.

Sofia Meireles.