Pensamentos mortais 14
Plano funerário
Divino era um cidadão precavido. Adquiriu um plano funerário assim que se aposentou.
- Não quero dar trabalho aos meus filhos e não gosto de depender de ninguém - dizia, coçando a testa.
- A gente sempre depende de alguém - retrucou João -, do gari, da enfermeira, do motorista...
Ao falecer, Divino não usufruiu do plano. A funerária falira, sem que ele soubesse.