POEMA TERMINAL

POEMA TERMINAL

Os poemas continuam na continuidade descontínua do fim.

A espera oficial nasce da esperança universal.

O sorriso acusa as mordidas do presidir à coletividade subalterna.

O conhecimento das dores profundas apenas cura as intensidades.

O otimismo toma posse de uma positividade crônica para sanar a realidade crítica.

A defesa respira o alívio do voo arejado pelo possuir das antecipações.

O aprender gradual das profissões afoga os números na purificação das letras.

O tempo naufraga nos nomes do florescer.

O jogo das palavras infantiliza somas.

O pessimismo, como uma criança, chora pela nobreza higiênica direcionada ao exterior.

O conceber enfeita as adversidades das gerações.

O poder ouve a cegueira cortada pelos instintos.

A sede do beber aromático transpira pela inspiração devocional.

O começo termina com o adiamento.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 30/05/2023
Código do texto: T7800813
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