Oh meu amor, retorne a mim com cuidado

O que faço com todo esse amor que nutri por você? Ele já está além de mim e não sei como contê-lo. De você produzi belas poesias que se desenharam no meu cotidiano e com você tentei escrevê-las. Eu tentei, eu juro.

Não me canso de dizer que você foi a coisa mais bonita que passou pela minha neblina. A ti depositei toda a minha fragilidade, minha forma de amar e de me dispor. Nem eu imaginava o quanto de mim o amor poderia expelir. E por ti passei a explodir.

Já não controlei os fragmentos de afeto que meu corpo dedicava a ti diariamente. Tudo o que remontava ao amor permeava o seu rosto, seu sorriso, sua voz...

Cada parte de mim queria uma parte de você. E toda a minha forma de amar se encontrou contigo e se perdeu de mim.

Mas o amor que dediquei à você retornou a mim em forma de dor, mais uma vez. O que faço com o amor que você recusou? Há alguém que possa materializá-lo para que eu o deposite em quem o aceite?

Oh meu amor, retorne a mim com cuidado. Entendo a ferocidade pelo que foi guiado, mas se for para retornar a mim, só a mim, que compreenda o pranto que me faço agora.

Oh meu amor, se perda onde quiser, só não me invada com toda a ira do caminho que não se seguiu. Cuidarei de ti novamente, tu se fortalecerá. Amar é vida e cabe a mim viver por ti, amor.

maria paula da silva lima
Enviado por maria paula da silva lima em 29/05/2023
Reeditado em 30/05/2023
Código do texto: T7800761
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