ARRANCAR NOTURNO

A noite acalma as fases e as passagens possuídas pelas diminuições idas em demonstrações indefinidas.

Ao ser infantil, a energia supera as maldades da inércia.

O deixar avesso conduz o tudo.

O dobrar desvia condições públicas.

Os dias do apego colaboram com os procedimentos do afeto.

A arte magistral do amor oferta carisma às antipatias.

A penetração das armas perfura entradas.

O prender estende as pendências na secura dos utensílios.

O tempo adverso desequilibra subidas e descidas.

O fazer volta à geração do desfazer.

Criança, a visão do equilíbrio ouve a cegueira.

Os toques movimentam as sensações.

O arrastar do quase interrompe as conclusões do nada.

O florescer exterior adormece nascimentos interiores.

O medo do não tem a coragem do sim.

A revelação dos segredos descreve discrições indiscretas.

O haver pessoal destaca o conter individual.

O ficar sangra no sequer, ausente de vergonhas singelas.

O arrancar valoriza os modos do desapego.

A audição substitui a fala, quando o calar requer sua presença.

Sheila Gois.