PALAVRAS DADAS
PALAVRAS DADAS
As palavras viajam nas conclusões do perdão do silêncio pessoal, dizendo das demonstrações diárias, adversas ao que é um egoísmo marcado pelas substituições.
O fogo das datas apoia as negações das juras cantadas pelos instintos dos enforcamentos definitivos.
As horas do adeus antecipam as chegadas pedintes e miseráveis dos lugares individuais, deixados nas sombras construtivas da limpeza indestrutível.
As lágrimas cospem as posses das acusações, tocadas pelo ver e pelo olhar, mensurados pela dor, presença cotidiana, conveniente e inconveniente.
As certezas do já podem constatar o não das despedidas, amargado pelos variados sabores das semelhantes derrotas.
A novidade fracassa ante as harmonias das rotinas, culpadas pelo mundo dos preenchimentos encadeados pelas crucificações do ter, conhecido através do pisar localizado em aproximações alargadas.
O ainda dos rumos nutre a melancolia com os meios noturnos da solidão, onde a voz da escuta pronuncia a mudez dos ecos surdos.
Os sons racionais comparam as superstições com as vergonhas renegadas e retiradas dos nomes generalizados nas direções atrasadas das austeridades.
Destinado, o gosto infinito da esperança empobrece os motivos dos sonhos, pensantes em um talvez possível.
Amigável, a bondade da união há de celebrar a responsabilidade fúnebre das irresponsabilidades, que lapidam a iluminação com o florescer de um ficar enterrado nas unicidades respiráveis.
As decisões do futuro transformam as aparências em derramamentos luzidios de sangue fundo e abismal, de onde os sons profissionais requerem a rudeza dos ruídos, estremecidos pela igualdade das agitações, querida pelas fugas do seguir ouvinte das reclamações.
O apego à comunicação se desespera com as mordidas sábias do nunca, dado às expressões insistentes do jamais, cético perante as mudanças supostas a partir das renovações e inovações.
Sofia Meireles.