Faróis da Costeiras.
Faróis da Costeira.
Sou uma Nau navegando um pélago desconhecido, sem tripulação a cantar canções de mar, sem curso definido pela bússola em mãos, apenas, um possível brilho no horizonte...
Quando parti, nem os faróis da costeiras iluminaram o imenso manto d'água à frente, nenhum mamífero seguia-me à mostrar em quais correntezas deveras seguir o curso... Simplesmente nada!
Mesmo assim, icei as velas negras ao vento, este, até foi mais companheiro, soprava, ao mesmo tempo em quê sibilando, encorajou-me a seguir viagem.
Ao Bombordo, pensamentos de desilusões atracadas em portos perdidos, já a Estibordo, milhas a serem desbravadas com a promessa de terras novas, ou, naufrágio certo a beira MAR...
Navegando ainda próximo a costeira, observando o farol apagado, sem luz a zelar pela minha aventura, não sei onde irei além daquela linha imaginária, quê outros mares irão se apresentar após tantas calmarias, sim, até o momento não avistei tormentas, raramente uma, ou, duas nuvens, mas, sem nenhuma fúria da natureza, somente uma convidativa marola transpor o casco...
Diante de Netuno, dias, e, noites ainda ei de navegar, no peito, a sensação da adrenalina, e o, receio do improvável, na voz cantos vestidos com versos singelos, infantis, mas, verdadeiros, na miragem, praias com gaivotas sobrevoando os sonhos enfeitam os devaneios...
Aqui, deixo a epístola dos primeiros momentos redigido pela pena quê se auto escreve, e, lanço-te ao mar, para, a quem possa interessar essa garrafa à deriva.
Ass: Capitão...
Texto: Faróis da Costeiras.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 24/05/2023 às 17:10